A Secretaria de Saúde de Canoas, através da
Diretoria de Vigilância em Saúde, tem intensificado o combate ao escorpião
amarelo no município. Da espécie Tityus Serrulatus, considerada uma das mais
perigosa existentes no Brasil, foram encontrados quatro animais em três
diferentes bairros da cidade: Estância Velha, Mathias Velho e Rio Branco. Por
isso, a população deve tomar algumas medidas para controlar e prevenir o
aparecimento de escorpiões. No entanto, esse número ainda é considerado baixo e
não há motivos para grande preocupação dos cidadãos.
Para monitorar e combater a reprodução desses
animais, as equipes da Vigilância em Saúde tem feito visitas às residências dos
bairros onde eles foram encontrados. Na próxima semana, ocorre uma ação no
bairro Rio Branco. Também é importante que a população tome uma série de
cuidados para contribuir no combate à proliferação dos escorpiões, conforme as
dicas abaixo.
Escorpião
amarelo :
Esse
escorpião não é nativo do Rio Grande do Sul, foi introduzido em Canoas através
de caixas de frutas vindas do Nordeste que chegaram na Centrais de
Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa). Como ela abastece a maioria do
comércio hortifrutigranjeiro da Região Metropolitana, a disseminação desse
escorpião ocorre para diversas cidades. Outro fator que favorece a disseminação
é que o animal tem fácil adaptação ao meio urbano.
Também
preocupa as autoridades de saúde a facilidade de reprodução do escorpião
amarelo, pois cada fêmea tem, aproximadamente, dois partos com a média de 20
filhotes cada, por ano, podendo gerar 160 novas crias durante a vida. “A
reprodução destes animais é por Partenogênese, ou seja, não necessita do macho,
a fêmea reproduz sem fecundação”, explica o médico-veterinário da Secretaria de
Saúde de Canoas, Jean Pierre Maillard. Ele também destaca que principal
alimento do escorpião são outros insetos, em especial as baratas, e que ele
“pode sim entrar nas casas pelo encanamento, por isto se recomenda o uso de
telas”.
Medidas
de Controle e Prevenção:
Manter
jardins e quintais limpos. Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo
doméstico e materiais de construção nas proximidades das casas;
Evitar
folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, bananeiras e
outras) junto a paredes e muros das casas. Manter a grama aparada;
Limpar
periodicamente os terrenos baldios vizinhos, pelo menos, numa faixa de um a
dois metros junto às casas;
Sacudir
roupas e sapatos antes de usá-los, pois as aranhas e escorpiões podem se
esconder neles e picam ao serem comprimidos contra o corpo;
Não
pôr as mãos em buracos, sob pedras e troncos podres;
Usar
calçados e luvas de raspas de couro;
Como
muitos destes animais apresentam hábitos noturnos, a entrada nas casas pode ser
evitada vedando-se as soleiras das portas e janelas quando começar a escurecer;
Usar
telas em ralos do chão, pias ou tanques;
Combater
a proliferação de insetos (principalmente baratas), para evitar o aparecimento
dos escorpiões que deles se alimentam;
Vedar
frestas e buracos em paredes, assoalhos e vãos entre o forro e paredes,
consertar rodapés despregados, colocar saquinhos de areia nas portas, colocar
telas nas janelas;
Afastar
as camas e berços das paredes;
Evitar
que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão;
Não
pendurar roupas nas paredes; examinar roupas, principalmente camisas, blusas e
calças antes de vestir;
Acondicionar
lixo domiciliar em sacos plásticos ou outros recipientes que possam ser
mantidos fechados, para evitar baratas, moscas ou outros insetos de que se
alimentam os escorpiões;
Preservar
os inimigos naturais de escorpiões e aranhas: aves de hábitos noturnos, coruja,
lagartos e sapos.