A Feira Internacional de
Turismo (FESTURIS Gramado), que ocorre esta semana, será
palco para o pré-lançamento do “Caminhos de Caravaggio”, roteiro que liga os
Santuários de Nossa Senhora de Caravaggio de Canela e de Farroupilha, por
estradas nas zonas rural e urbana dos municípios de Farroupilha, Caxias do Sul,
Nova Petrópolis, Gramado e Canela. O projeto regional visa aproximar a duas
tradicionais regiões turísticas do Rio Grande Sul – Uva e Vinho e Hortênsias –
por meio da religiosidade.
No dia 10 de novembro, sábado, na Sala de
Coletivas e Lançamentos, às 15h, os prefeitos dos municípios envolvidos
assinarão um protocolo de intenções para criação de um consórcio. “Com isso, o
Caminhos de Caravaggio ganhará uma personalidade jurídica. Como uma associação,
poderemos captar recursos em Ministérios, fazer compras, investir recursos
próprios, entre outras ações para desenvolver o roteiro em conjunto”, explica o
Secretário de Turismo e Cultura de Farroupilha, Francis Casali.
Caminhos de Caravaggio:
A Serra Gaúcha é um destino turístico consolidado no mercado, especialmente
pelas belas paisagens, pelos atrativos culturais ligados às colonizações italiana
e alemã e a farta gastronomia. Para fortalecer ainda mais esse destino,
nacional e internacionalmente, torna-se importante integrar as cidades
turísticas da região, ofertando novos roteiros de qualidade e desenvolvendo
novas oportunidades para as comunidades locais.
O “Caminhos de Caravaggio” tem aproximadamente 200 quilômetros, que podem ser
feitos a pé ou de bicicleta, opções que permitem a contemplação das paisagens
naturais, plantações, construções do século passado, igrejas e a visita a
atrativos culturais que valorizam as conquistas dos imigrantes. “Eles deixaram
um legado muito bonito, especialmente ligado aos aspectos do trabalho, da
religiosidade e da fé. Pelo caminho é possível encontrar pequenos capiteis e
outras expressões desse patrimônio, que enchem o caminho de beleza e paz”,
destaca Casali.
Autoconhecimento, reflexão, espiritualidade, superação e determinação são
palavras que descrevem o trajeto, já que os caminhantes devem fazer em torno de
28 quilômetros por dia até chegar ao destino, em Farroupilha. Para isso,
questões como a instalação de pontos com estrutura de apoio ao turista e de
descanso, hospedagem, ampliação da iluminação e sinalização já estão sendo
estudadas entre o poder público e as comunidades locais.
“Já realizamos a caminhada técnica e apuramos as necessidades primordiais do
caminho, especialmente ligadas à segurança e ao bem-estar do turista. Hoje já
existem alguns pontos turísticos, hotéis e pousadas pelos caminhos, mas a ideia
é ampliar as ofertas, com restaurantes, bares, locais diferenciados, comércios,
entre outros, beneficiando também os moradores dessas estradas, que podem
diversificar sua fonte de renda”, explica Casali. Para isso, cada cidade deverá
realizar oficinas de turismo rural para a preparação da comunidade e
empreendimentos presentes na rota. O projeto também conta com o apoio do
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RS),
Associação de Turismo da Serra Nordeste (Atuaserra) e Sindicato Empresarial de
Gastronomia e Hotelaria Região Uva e Vinho (Segh).
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