Em virtude da falta de repasses de recursos
financeiros por parte do governo do estado à Prefeitura de Canoas, a Secretaria
Municipal da Saúde está sendo obrigada a implementar medidas de gerenciamento que devem impactar no
atendimento à população. Entre as ações previstas, está a restrição dos
atendimentos eletivos nos hospitais Universitário (HU), Pronto-socorro (HPS) e
Nossa Senhora das Graças (HNSG), que é privado, mas fornece procedimentos sob
demanda ao município. O intuito é otimizar os recursos disponíveis e manter,
plenamente, os atendimentos em casos de urgência e emergência. A medida,
anunciada ontem, se estende a todos os 156 municípios que utilizam a rede de
saúde de Canoas e começa a valer a partir de segunda-feira. As restrições serão
suspensas somente quando houver a regularização dos recursos por parte do
governo estadual.
Assistência garantida :
A restrição nos atendimentos não afeta os casos de
urgência e emergência, mesmo para pacientes oriundos de outras cidades. Essas
pessoas terão assistência garantida por toda a rede municipal de saúde.
Inclusive, estas medidas foram tomadas para garantir o funcionamento dos
setores de urgência e emergência, não deixando a população desassistida,
priorizando a utilização de recursos para os casos mais graves. Serão cancelados
e suspensos atendimentos eletivos já agendados.
Recursos atrasados :
Diante de uma dívida que, hoje, é de R$ 26 milhões,
mas que deve chegar aos R$ 37 milhões até o dia 30 deste mês, os recursos
destinados à saúde estão praticamente escassos. Como não há, por parte do
governo do estado, previsão de quitação desses valores, a Secretaria da Saúde
de Canoas precisou tomar as medidas enérgicas. A situação, que não é novidade,
chegou ao limite.
Efeito Dominó :
Canoas atende pacientes de 156 cidades gaúchas, um
número exacerbado que prejudica e superlota hospitais da cidade. Hoje, cerca de
60% dos pacientes internados no HPS não são de Canoas, para se ter um ideia.
Diante da falta de repasses por parte do estado, também da já histórica
defasagem da Tabela SUS e o aumento do custo da manutenção dos serviços em
saúde, a situação fica ainda mais crítica. Some-se a esse fato, às dificuldades
financeiras de outras cidades, que também não têm repasses regulares por parte
do estado, e acabam enviado pacientes para tratamento na cidade. O resultado
destas variantes é um alto número de pessoas procurando os hospitais da cidade
e pouquíssimo dinheiro para a realização de atendimentos.
Prefeitura toma
outras medidas :
Assim como ocorreu no ano passado, quando o estado
também atrasou repasses, a Prefeitura de Canoas precisou cancelar a realização
de serviços como capina, roçada e pinturas, em toda a cidade, para destinar
verbas aos hospitais. A atenção à Saúde é prioridade para o governo municipal.
Mesmo com essa economia, ainda há imensa dificuldade de angariar recursos para
manter os atendimento médicos plenamente. A Procuradoria-Geral do Município
também acionou a Justiça na tentativa de garantir o recebimento dos valores, no
entanto, o judiciário negou o pedido.
Atenção aos trabalhadores:
A Prefeitura de Canoas se sensibiliza com a situação
dos profissionais que estão com os salários atrasados, por conta da falta
desses repasses. O município irá abrir
uma linha de diálogo com sindicatos das categorias do funcionalismo atingido
por essa situação, com o intuito de acolher suas demandas e procurar as
melhores saídas.
Assessoria de
Comunicação/PMC
Nenhum comentário:
Postar um comentário