Juramento do Jornalista

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FETAG-RS realiza coletiva de imprensa virtual

Nesta manhã , a FETAG-RS realizou a sua já tradicional coletiva anual de imprensa, ocasião em que a federação fez um balanço do ano de 2020 e traçou um panorama para 2021. Em virtude do agravamento da pandemia de coronavírus, pela primeira vez, usou-se o modelo de videoconferência para que a imprensa pudesse fazer seus questionamentos e acompanhar a apresentação. 

A coletiva teve início apresentando a nova diretoria executiva da FETAG-RS, que tomou posse no começo de 2020. Na sequência, passou-se para a divulgação de dados e de informações a respeito de tudo o que aconteceu ao longo do ano e que afetou drasticamente a agricultura e a pecuária familiar, sendo num primeiro momento abordada a questão do coronavírus, que fez com que feiras estaduais e municipais fossem canceladas, fechamento de escolas que pararam de consumir produtos do PNAE e que houvesse uma diminuição na renda das pessoas. Por outro lado, o momento fez com que estratégias novas de comercialização fossem adotadas pelos agricultores familiares gaúchos, que passaram a oferecer seus produtos de forma on-line, com tele-entrega, e destaque para o drive thru da agricultura familiar na Expointer 2020. 

A pandemia deixou ainda mais explícito que a produção de alimentos pela agricultura familiar é estratégica para a segurança alimentar de toda a população brasileira e que é urgente o fortalecimento das políticas de apoio e de fomento a categoria, em especial no Programa de Aquisição de Alimento (PAA) na modalidade compra com doação simultânea. Outro reflexo da crise causada pelo coronavírus e tema constante de cobranças fortes da FETAG-RS refere-se a Previdência Social, que fechou suas agências em todo o país, paralisando as perícias médicas, mesmo após a reabertura de algumas delas, numa demonstração total de descaso com os agricultores familiares. O alto índice de indeferimentos gerado pela análise e interpretação equivocada de servidores, a demora na verificação de exigências e o alto número de processos e recursos represados são as principais reclamações dos segurados e da federação. 

Também foi ressaltada a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) que, apesar das dificuldades agravadas pela pandemia, manteve os atendimentos gratuitos para a população evidenciada, evitando um colapso total na saúde pública. O SUS é fundamental, mas precisa de investimentos para que seu profissionais tenham melhores condições de trabalho e possam prestar um atendimento ainda mais qualificado, o que não exige privatização, algo que não deve ser considerado. 

Como não poderia ser diferente, o tema da estiagem foi muito abordado, já que o Estado passou pela situação no início do ano e vive novo período de escassez de chuvas nos últimos meses, derrubando a produção de milho grão (-30,9%), milho silagem (-31,8%) e de soja (-45,8%). Na região de Santa Rosa, por exemplo, a redução na produtividade de milho chega a 69%, fazendo com que falte o grão até mesmo para alimentação de animais, principalmente para o gado leiteiro, outro setor que sofreu em 2020 devido a forte alta dos custos de produção, não cobertos mesmo com a elevação no valor pago ao produtor pelo litro de leite, que chegou a 35,8%, de acordo com dados da FETAG-RS.

Para o presidente da FETAG-RS, Carlos Joel da Silva, “o ano de 2020 foi muito complicado para quem produz alimentos. Um setor que deveria ser valorizado pelos governos, mas que acaba sendo deixado de lado, principalmente quando nos referimos as pautas entregues pelas entidades em que pedimos ajuda devido as perdas causadas pela estiagem. Quase nada foi atendido. Conseguimos apenas prorrogação de dívidas de custeio por 5 anos e investimento para o último ano de contrato, além da implementação de crédito emergencial de R$20 mil para o Pronaf e R$40 mil para o Pronamp, mas ambos são difíceis de acessar”. 

Joel também destaca a preocupação com o desmonte que a agricultura familiar vem sofrendo ao longo dos últimos anos, com quedas constantes nos recursos do orçamento federal, que chegarão a 49% em 2021 na promoção e no fortalecimento da comercialização e acesso aos mercados, passando por reduções em assistência técnica e extensão rural (-40%), dentre outros cortes. 

Para a FETAG-RS, o agricultor hoje está num momento em ele tem perspectiva de, depois de alguns anos de dificuldades, obter um preço razoável por sua produção. Por outro lado, caso as chuvas não venham e o câmbio não se mantenha estável, ele pode ter problemas novamente, principalmente se os custos de produção se mantiverem nos patamares atuais. 

Participaram da coletiva o presidente da FETAG-RS, Carlos Joel da Silva; o vice-presidente, Eugênio Zanetti; o tesoureiro-geral, Agnaldo Barcelos; a coordenadora estadual de mulheres, Maribel Moreira; e o quadro de assessores técnicos da federação.

 Fonte : Imprensa FETAG-RS

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