Com a
Expointer chegando é hora de se pensar no transporte dos animais até o Parque
de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), visando o bem estar das estrelas da
feira. Existem requisitos muito importantes que devem ser levados em conta,
como horário e as condições do transporte. A qualidade do tratamento durante a
permanência dos animais no Parque também deve ser priorizada pelos
proprietários.
O
Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet/RS)
alerta que, apesar de a data de entrada dos animais no Parque de Esteio ser
definida previamente, o transporte deve ser feito o mais próximo possível do
evento. A ideia é que os exemplares não fiquem muito tempo expostos a um local
que difere do ambiente em que moram. Segundo a presidente do Simvet/RS,
Angelica Zollin, faz muita diferença para os animais o fato de receberem uma
alimentação com a qual não estão habituados, além de ficarem expostos a som e
luz intensos.
A
dirigente ressalta que os animais são valiosos e devem ser transportados de uma
maneira correta. “Por exemplo, os animais não podem iniciar uma viagem às dez
horas da manhã de locais distantes de Porto Alegre, enfrentando o calor
intenso. O melhor é viajar em períodos de menos calor e sol à pico, de
preferência na madrugada ou ao entardecer, e logo devem ser acomodados”,
aconselha. Para os equinos, Angelica explica que o transporte deve ser feito em
caminhões especiais.
Na parte
da acomodação no Parque, Angelica defende que os animais deveriam ficar com
algum tipo de distânciamento dos visitantes da Expointer. Cita como exemplo a
Exposição de Palermo em Buenos Aires, Argentina, onde é colocada uma corda para
evitar que as pessoas se aproximem do local de permanência dos exemplares
expostos sem a possibilidade de toque. “O contato de adultos e crianças com os
animais acaba provocando estresse”, garante.
A
presidente do Simvet/RS também enfatiza que o barulho provocado por festas que
se estendem às vezes até altas horas da noite prejudicam o bem estar dos
animais que estão acostumados a ambientes mais tranquilos quando o dia começa a
escurecer. “Temos que levar em consideração o estresse provocado pelo meio ambiente,
pelas pessoas, como principalmente os ruídos gerados por festas, eventos, o que
se torna um grave problema”, alerta.
Outro
alerta do Simvet/RS é com referência a água fornecida no Parque que não deve
ser diferente da utilizada no campo, que não é tratada. A água oferecida aos
animais não deve conter cloro porque pode provocar diarreia.
O setor
dos ovinos também precisa de uma atenção especial, pois os mesmos ficam mais
próximos das pessoas, inclusive das crianças que gostam muito de passar a mão.
“Com isso, eles se tornam mais suscetíveis ao estresse e também a contrair
doenças”, enfatiza Angelica.
Texto:
Rejane Costa/AgroEffective
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