Aproximadamente 100 dias após ser resgatado pelo Centro de
Bem-Estar Animal, o pitbull Brian foi transferido nesta tarde para a Empresa C4
- Adestramento de Cães. Lá ele passará por um processo de ressocialização com
outros cães.
Brian chegou ao Centro de Bem-Estar Animal vítima de três tiros, sendo que um
deles atingiu seu maxilar. O cão passou por uma cirurgia ortopédica para a
correção da fratura na mandíbula. O médico veterinário Diego Lucas acompanhou e
realizou o tratamento do animal durante todo o período. "Ao chegar aqui
ele estava em choque, perdeu muito sangue. Fizemos cirurgia pra remover as
cápsulas alojadas", contou. Diego disse, ainda, que Brian, apesar da
cautela com a qual era tratado, nunca foi agressivo com quem o cuidava.
Cinotécnico da Coordenadoria do Bem-Estar
Animal (CBEA), Alexandre Szekir, ficou responsável pelo tratamento físico de
Brian, ou seja, os passeios e treinamentos do cão. Alexandre relatou que, com o
tempo, o cão se recuperou fisicamente e passou a ter seu psicológico estudado.
"O Brian não era tratado com respeito antes. Ele tem medo de mangueira, de
balde, de vassoura e que seu nome seja dito em voz alta. Todos merecem uma
segunda chance e toda vida merece ser protegida.", afirmou.
O secretário especial da CBEA, Cristiano
Moraes, lembrou do dia em que Brian chegou ao local. Ele relata que houve uma
grande mobilização para salvar a vida do cão, que, inclusive, passou por
transfusão de sangue. "O caso do Brian ilustra que o animal nunca é o
culpado. Ele não pode ser responsabilizado pela agressão. Isso vai recair sobre
uma pessoa, que, neste caso, deixou de fazer a coisa certa", afirmou.
O cão, após o tratamento, passará a ser
responsabilidade de Ricardo Henrique Walter, dono da empresa C4 - Adestramento
de Cães. Lá, Brian trabalhará a questão de sua intolerância perante a outros
cães.
Serviços:
O
Centro de Bem-Estar Animal (CBEA) tem seus serviços voltados ao atendimento
médico veterinário de cães e gatos de rua e castração para animais de família
de baixa renda. Ao todo, são realizados dez atendimentos diários, previamente
agendados. De acordo com a política de bem-estar animal adotada no município,
com a criação da Coordenaria no início desta Administração Municipal, em 2009,
voluntários individuais ou integrantes de Organizações Não Governamentais
(ONGs) que recolherem os animais para atendimento no CBEA, assumem o
compromisso de, após o tratamento, encontrar um lar para os cães e gatos ou
colocá-lo na condição de animais comunitários. Nesta segunda condição, eles
recebem carinho, alimento e proteção do frio e do calor, dos moradores da
região.
Fonte:Secom/PMC
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