Juramento do Jornalista

Juro exercer a função de jornalista assumindo o compromisso com a verdade e a informação. Atuarei dentro dos princípios universais de justiça e democracia, garantindo principalmente o direito do cidadão à informação. Buscarei o aprimoramento das relações humanas e sociais,através da crítica e análise da sociedade,visando um futuro mais digno e mais justo para todos os cidadãos brasileiros.

Segue com Mandato

A decisão da Câmara de rejeitar a cassação de Carla Zambelli expõe um grave descompasso entre a gravidade dos fatos e a responsabilidade institucional do Parlamento. 
Mesmo condenada em definitivo pelo STF a dez anos de prisão por participação direta em invasão e manipulação de sistemas judiciais, e mesmo estando presa na Itália após fugir do país, a deputada manteve seu mandato. 
É grave o mecanismo de autoproteção que fragiliza o compromisso público da Câmara com a integridade institucional.
O processo havia sido analisado pela CCJ, que recomendou a perda do mandato por 32 votos a 2, reconhecendo que não existe possibilidade real de cumprimento das funções parlamentares por alguém sob custódia internacional e condenada em última instância. 
A própria jurisprudência do Supremo reforça essa interpretação, e o parecer vencedor lembrava que o Parlamento não pode normalizar a permanência de representantes que não têm condições mínimas de exercer o cargo. 
Porém, na votação em plenário, prevaleceu a lógica política que preserva mandatos independentemente da conduta e das consequências judiciais envolvendo seus detentores, mesmo que criminosas e em condições como as de Zambelli.
A manutenção de um mandato parlamentar apesar de fuga, prisão e condenação criminal definitiva, abre uma exceção para que futuros casos semelhantes usem o mesmo argumento para se sustentar. 
Ao ignorar os fatos e o próprio parecer técnico de sua comissão, a Câmara se afasta das expectativas de vigilância democrática e enfraquece seu papel fiscalizador.

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