Ontem, mais uma vez, de forma lamentável, o Governo Federal demonstrou sua indiferença com a agricultura familiar.
Quando, no início da pandemia, o auxílio emergencial foi aprovado para diversas categorias, o presidente da República vetou a inclusão dos agricultores familiares na lista dos beneficiados.
Após muita articulação do Movimento Sindical, liderado pela CONTAG, pela FETAG-RS, pelos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e outras entidades, a categoria obteve apoio de parlamentares que aprovaram outro Projeto de Lei garantindo o benefício para a categoria.
No entanto, o presidente vetou o pagamento do auxílio emergencial, em uma manifestação clara de que não reconhece a agricultura familiar como sendo a classe que abastece as mesas dos brasileiros e que segura as pontas da economia do país.
O ano de 2020 tem sido cruel com as famílias que produzem alimentos.
Ciclone, granizo, estiagem e pandemia fizeram as rendas desabarem.
Além de perder lavouras, as agroindústrias deixaram de vender suas produções, pois até mesmo as feiras foram canceladas.
É revoltante saber que o presidente da república não teve a sensibilidade para ajudar a agricultura familiar neste momento tão complicado.
“Infelizmente, a agricultura familiar não tem o apoio do presidente da República.
Ele não enxerga a importância que o trabalho do agricultor e da agricultora tem para a economia nem o tamanho dos prejuízos alcançados ao longo do ano.
Lamentamos que o presidente da República, eleito para zelar pelo seu povo, tenha tamanho desprezo por nossa categoria”, afirma o presidente da FETAG-RS, Carlos Joel da Silva.
Por outro lado, ao sancionar o trecho da lei que assegura a manutenção dos direitos previdenciários aos agricultores familiares que fizeram o cadastro anteriormente, o presidente demonstrou que a preocupação da FETAG-RS e dos Sindicatos estava correta.
Quem recebeu o benefício teria problemas no futuro ao requerer algum benefício junto ao INSS, o que não mais ocorrerá.
A FETAG-RS e os 320 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados esperam que o Congresso Nacional faça a sua parte e haja rapidamente para derrubar o veto presidencial.
Fonte: Imprensa FETAG-RS
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