A mulher tem uma importância
muito grande no folclore. E impossível conhecer-se um povo sem conhecer o seu
folclore e, à medida que nos aprofundamos no folclore do Rio Grande do Sul,
vemos o papel muito singular que a mulher tem na sociedade rio-grandense,
evidenciando-se a partir da visão que se tem do folclore gaúcho.
No Rio
Grande do Sul, o folclore relativo à mulher é muito rico: o folclore da
concepção, da gravidez, do parto, do puerpério, dos primeiros anos da criança,
todos eles intimamente correlacionados com a mulher.
O folclore adivinha a gravidez antes que
ela se verifique: basta uma criança engatinhando levantar as perninhas e olhar
por baixo, por entre as mesmas; ou então quando duas senhoras estão
conversando, fazem uma pausa e retornam a conversa ao mesmo tempo. Isso é sinal
certo de que uma ficará grávida e que vão ser comadres. Até é comum uma delas
"isolar" dizendo: "Vamos ser comadres".
Ai vem receitas folclóricas para
engravidar, desejos e enjoos, a mulher gravida (período de gravidez),
cuidados após o parto, benzeduras, crendices e superstições, descobrir o sexo
do bebê, a força da fé, a menstruação e seu folclore, recomendações folclóricas
pós nascimento da criança, namoro, noivado, enfim, muito tem a ser anotado referente
ao folclore que envolve a mulher.
A melhor bibliografia, sobre o
folclore da mulher gaúcha, podemos encontrar nos escritos da professora Elma
Santana que produziu obras muito importantes sobre as mulheres. “O folclore da
Mulher Gaúcha”, “A mulher na Guerra dos Farrapos”, “as parteiras” e as
“Benzedeiras” mostram a preocupação de Elma Santana com o folclore que se
formou ao redor da mulher.
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