Angelita frequenta com assiduidade a turma do 8º
ano da Escola Miguel Couto, no bairro Berto Círio. Sua pele negra, de tecido,
tem manchas esbranquiçadas causada pelo vitiligo, doença que tem como sintoma a
perda da pigmentação da pele. A diferença na pele não deixa Angelita aflita,
pois é justamente essa característica que a faz existir.
Sim, a pele de Angelita é de tecido, e tem manchas,
pois ela é uma das oito bonecas confeccionadas pela turma da professora Renata
Leal, para trabalhar um assunto delicado, mas que de forma interessante, tem
sido ultrapassado, as DIFERENÇAS.
MENINA DE CABELOS VOLUMOSOS
A forma como teve início esse projeto foi
justamente um relato sobre diferenças, feito por uma aluna, de 13 anos, em uma
redação, conforme conta a professora Renata. “A redação tinha como tema
assuntos como por exemplo, BULLYING, e a aluna descreveu que por ter o cabelo com
volume, apesar de liso, percebia que era motivo de comentários para colegas”,
diz. A partir dessa percepção a professora decidiu ampliar o tema.
A turma foi dividida em grupos e para que não
ficassem juntos por afinidade, o que comprometeria a finalidade da proposta, os
grupos foram organizados por sorteio, justamente para trabalhar as diferenças.
O passo seguinte foi a confecção de bonecos, com a
colaboração de uma mãe, que ensinou o processo. “A ideia foi montar personagens
para elencar características de cada um deles”, explica Renata.
NINGUÉM PRECISA SER IGUAL AOS OUTROS
Foram confeccionados oito bonecas, cada um com uma
personalidade. Angelita tem vitiligo, enquanto que Sofia tem as buchechas
salientes, é a gordinha da turma. Outra boneca é a patricinha da turma. Também
tem um boneco nerd e outro homossexual, enquanto que uma boneca de cabelos
loiros e pele branca se sente solitária. Cada um com sua característica, com
suas diferenças.
A proposta, conforme a professora,uniu a turma,
eliminou alguns preconceitos e mostrou que o respeito ao próximo é importante.
Essa realidade pode ser observada na percepção da aluna de 13 anos, a menina de
cabelos volumosos, que por seu relato deu início ao projeto: “Essa construção
está nos fazendo pensar mais nas coisas. Todos temos o direito de ser
diferentes, ninguém precisa ser igual aos outros”, sentenciou.
Fonte Jesiel B. Saldanha/Assessoria de Imprensa
Prefeitura de Nova Santa Rita
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