A aposta em
políticas contrárias ao movimento que acontecia ao redor do mundo foi o erro da
economia brasileira. Segundo o escritor Jorge Caldeira, que esteve hoje na
Federasul, o País teve mais de uma oportunidade em ir ao encontro do
desenvolvimento econômico mundial, mas preferiu seguir um caminho oposto e
individual.
Como
exemplo, citou o período do Império, quando o Brasil apostou na continuidade da
exploração e da escravidão frente ao capitalismo, que já começava a avançar nos
países desenvolvidos. Em outro momento, já mais recente, durante o regime
militar, o País teve sua economia fechada, quando a tendência era a
globalização. “Não se pode apostar contra o mundo. O Brasil é um País com
potencial, mas não é uma grande economia para ditar regra”, observou.
Segundo
Caldeira, as apostas deveriam ser centralizadas nas pessoas, que, mais do que
as instituições, fazem a economia acontecer. “A riqueza se acumula graças às
pessoas, aos costumes e aos governos, nessa ordem”, defendeu. Não é à toa que
seu novo livro, lançado nesta semana, chama-se História da Riqueza no
Brasil: Cinco Séculos de Pessoas, Costumes e Governos. Nele, o
escritor contraria boa parte do que já se foi publicado sobre o passado
brasileiro, desde o período colonial.
Conforme
o autor, no entanto, a obra foca nos fatos que marcaram cada período e cada
momento econômico brasileiro, sem entrar na inclinação política de cada
governo. “A visão ideológica do Brasil hoje continua sendo a mesma do período
da Guerra Fria. Naquele tempo era preciso escolher um lado, direita ou esquerda,
e eu não acredito nisso”, criticou.
Em
sintonia ao tema da reunião-almoço, o superintendente do Sebrae-RS, Derly
Fialho, entrou no clima empreendedorismo e ao agradecer, pela homenagem
prestada pela Federasul pelos 45 anos de fundação, enfatizou a importância de
“cuidar de gente que faz, que gera a riqueza do País é que faz a diferença e
move a empresa para mais anos de história”.
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