Há 300
anos, uma pescaria se transformou num dos fatos mais importantes do catolicismo
brasileiro. Atentos à ordem da Câmara de Guaratinguetá de obter o máximo possível
de peixes para recepção do novo governador, três pescadores – Domingos Garcia,
Felipe Pedroso e João Alves – jogaram as redes no Rio Paraíba. Passaram horas
sem nada conseguir até que, no Porto Itaguaçu, pescaram uma imagem de barro
decapitada. Em seguida, encontraram a cabeça de Nossa Senhora da Conceição.
Minutos depois, já havia tanto peixe que mal conseguiam carregar. Décadas
depois, a escultura negra de 37 centímetros se tornaria um dos símbolos do País
e, já como Nossa Senhora Aparecida, ganharia do papa Pio XI em 1930 o título de
Padroeira do Brasil.
Segundo
anotações guardadas na Cúria Metropolitana de Aparecida, a imagem da padroeira
tinha originalmente “tez branca no rosto e nas mãos, manto azul escuro e forro
vermelho-granada”. E por que então ficou negra? Documento transcrito por Tereza
Pasin levanta uma hipótese: “Pelo fato de ficar por muitos anos submersa no
lodo das águas e, posteriormente, exposta ao lume e à fumaça dos candeeiros,
velas e tochas, (a imagem) adquiriu a cor que hoje conserva”.
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