Juramento do Jornalista

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Martha Medeiros encanta auditório lotado em Canoas

A homenageada da 32ª Feira do Livro de Canoas não poderia estar mais à vontade falando para seus leitores do que na noite de ontem. No auditório que leva seu nome, a escritora era praticamente só sorrisos para contar um pouco de sua trajetória e de como produz sua literatura.
Com mediação do secretário municipal da Cultura de Canoas Luciano Alabarse, amigo de longa data de Martha, a conversa foi ganhando corpo com os relatos de infância e de como a literatura chegou na vida de Martha Medeiros. “Fui uma garota absolutamente normal, que gostava de festas e praia. A ideia de ser escritora eu achava legal, mas dentro de uma utopia, não universo real”, começou falando. Martha não esconde que sua maior influência, na realidade, não são os livros, mas a música popular brasileira. “Ela é uma porta aberta para a transgressão. Eu lia Mario Quintana, Drummond, Fernando Pessoa, mas acho que a poesia está além da palavra escrita”, completou.
Martha, que iniciou na escrita com muito sucesso no livro de poesias “Strip-Tease”, de 1985, diz estar numa “separação amigável” do fazer poético, mas que tem material inédito para voltar ao gênero.
Questionada como a crônica entrou em sua vida, a escritora disse que tudo em sua trajetória é meio circunstancial. Ao iniciar escrevendo para um grande jornal, que no caso era a Zero Hora, em 1994, “tinha todos os assuntos do mundo ao meu dispôr”. As crônicas já estavam dando o que falar quando então lançou “Geração Bivolt” (1995), seu primeiro de crônicas e, nos anos seguintes, sucessos como “Trem Bala”, que foi adaptado para o teatro. “Quando escrevo sou a proprietária daquilo que vai saindo. O trabalho de adaptação, de teatro, é mais em equipe e eu não sei trabalhar em equipe. Sei que é um defeito meu. O trabalho do escritor é meio solitário mesmo”, confessou a escritora.
Martha também contou histórias emocionantes, de leitores e pessoas comuns que a param no supermercado, numa caminhada para dizer o quanto seus textos mudaram sua vida ou como aquela frase ou crônica representava justamente aquele momento que estavam vivendo. “Ás vezes as pessoas me pedem para escrever sobre a vida delas. É complicado. Tenho de estar envolvida de alguma forma naquilo. Eu me coloco muito no que escrevo. Vou escrever melhor ou pior pela minha sensibilidade”, concluiu a escritora.
Como não poderia deixar de ser, Martha não deixou de atender a nenhum de seus fãs, deu dezenas e dezenas de autógrafos, posou para fotos e, assim como encantou a todos, saiu emocionada com o carinho e com a noite de conversa. E pela primeira vez, como ela mesmo disse no início, “num auditório com o meu nome. Isso é o máximo!”


Fonte: Daniel Soares  Secom/PMC

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