A iniciativa Novembro Negro,
realizada em Canoas, está despertando atenção de grupos de outros municípios. Ontem,
alunos e professores de São José dos Ausentes estiveram na cidade para conhecer
o projeto e também o Quilombo Chácara das Rosas. O evento é promovido pela
Coordenadoria Municipal de Políticas para Igualdade Racial (CMPIR) e Secretaria
Municipal de Educação de Canoas (SME).
O grupo de alunos de Ensino Médio da Escola Estadual Antônio Inácio Velho,
acompanhados por cinco professores, foram recebidos na Escola Municipal de
Ensino Fundamental (EMEF) Ceará, no Bairro Mathias Velho. No local, eles
almoçaram e participaram de uma oficina de capoeira e percussão. Os jovens da
Casa das Juventudes, do Bairro Guajuviras, acompanharam os visitantes até o
Parque Getúlio Vargas, o Capão do Corvo, e ao Quilombo Chácara das Rosas.
No Quilombo:
A quilombola Tia Carminha, 80 anos,
contou aos visitantes um pouco da trajetória do Quilombo, as dificuldades e as
lutas que fizeram para serem reconhecidos e ter direito à terra. O local já
recebeu várias melhorias com programas dos governos Federal e Municipal.
Durante a visita, os estudantes conheceram trabalhos artesanais, oficinas e o
terreiro religioso. Foi servido atã, bebida do orixá Ogum, que é o que rege o
Quilombo, feita com frutas e suco.
Conforme o secretário especial da CMPIR, Sidiclei Mancy, que também acompanhou
o grupo de visitantes, os professores ficaram entusiasmados com as iniciativas
em Canoas e o Novembro Negro. A coordenação do grupo visitante informou que vai
relatar ao prefeito de São José dos Ausentes, Paulo Roberto Paim Guimarães, a
importância de implantar políticas públicas sobre igualdade racial. A cidade de
quatro mil habitantes tem histórico de influência africana.
Novembro Negro:
Novembro é um mês especial para discutir as políticas
públicas de igualdade racial. Várias são as atividades que estão sendo
desenvolvidas, principalmente nas escolas municipais. Entre as atrações estão:
Museu do Negro; seminário sobre saúde da população negra; debates sobre a
consciência e cultura negra; contação de histórias afro-brasileiras e
africanas; pesquisas sobre Umbanda e Candomblé; mostra de fotografia; cinema
negro; e feira da diversidade.
Fonte:Secom/PMC
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