A
Polícia Civil de Santana do Livramento ,
diz que não restam dúvidas de que o incêndio que atingiu o galpão do Centro de
Tradições Gaúchas (CTG) Sentinelas do Planalto foi criminoso. O local vai
abrigar um casamento coletivo no sábado, com a união de 28 casais
heterossexuais e um homossexual.
Segundo a polícia, técnicos do Instituto-Geral de Perícias (IGP)
examinaram o local e encontraram um coquetel molotov, um artefato incendiária
de fabricação caseira. “Os peritos acharam resquícios de uma garrafa de vidro
contaminada com gasolina”, disse a delegada Michele Mendes Arigony, que atendeu
a ocorrência.
A investigação ficará a cargo da delegada
Giovanna Muller, titular da 1º Delegacia de Polícia da cidade. Ela diz que
ainda não há suspeitos do crime. “Por enquanto, a autoria é desconhecida. Testemunhas
teriam visto quatro pessoas em um Gol, mas até o momento não confirmamos a
veracidade dessa informação”, contou a delegada.
Entidades manifestam repúdio:
O presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG),
Manoelito Savaris, diz que o local não é filiado ao MTG desde 2005. Ele foi
desligado porque os integrantes da comunidade não seguiriam mais as regras do
movimento. “Caso isso acontecesse dentro de um CTG filiado, o Conselho do MTG,
composto por 49 pessoas, iria se reunir para avaliar o assunto”, declarou.
Por meio de nota, o MTG disse que os atos
de vandalismo praticados contra o CTG “merecem nosso repúdio” e que o movimento
“é respeitador das leis e não tem nenhuma restrição a preferências religiosas,
ideológicas ou sexuais das pessoas”. Ainda conforme o texto, “qualquer
tentativa de vincular o episódio envolvendo aquela associação com o MTG também
é repudiada”.
Também por meio de nota, a Secretaria da
Justiça e dos Direitos Humanos do Rio Grande do Sul repudiou o que classificou
como “atitude homofóbica de um pequeno grupo de pessoas”. "Fica claro que
a atitude configura-se em um crime de homofobia, pois havia um casal
homossexual que participaria da cerimônia”, diz o texto assinado pela a
secretária da pasta, Juçara Dutra Vieira, e a coordenadora da Diversidade
Sexual, Marina Reidel.
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