O grande desafio do nosso País não é de natureza
econômica e sim política. “O Brasil precisa de uma grande reforma política”,
afirmou o presidente do Conselho de Administração da RBS, Nelson Sirotsky, ao
falar ontem,encerrando os Tá na Mesa da Federasul, deste ano. Na opinião do
ex-presidente executivo do Grupo RBS, a reforma deve alcançar um equilíbrio
entre os três poderes:
-
Nossa prática da democracia é equivocada na questão do legislativo, pois o
Congresso legisla obedecendo um modelo parlamentarista, para um regime
presidencialista, afirmou.
E
disse mais: “o ex-presidente Lula não aproveitou o apoio eleitoral que recebeu
nos dois pleitos que o elegeram para buscar a reforma política no Congresso”.
Completou, afirmando que espera que o próximo presidente dê início a esse
projeto.
Nelson
Sirotsky falou sobre sua vida, sua trajetória e sua experiência à frente do
Grupo RBS e não deixou de comentar sobre as relações entre os meios de
comunicação e a política. “É uma convivência necessária mas que precisa de
limites muito claros para que não contamine o trabalho”, apontou.
Descontraído,
relembrou a história do jornalismo gaúcho, falou sobre os momentos difíceis do
Grupo RBS onde o sistema político teve, muitas vezes, a tentativa de manipulação
dos fatos. “Continuamos, ainda hoje, com o entendimento de que devemos
preservar a ética para não deixar que o jornalismo com credibilidade seja
prejudicado”, afirmou.
Revelou
que agora, aos 60 anos, está tranquilo e confiante diante dos desafios que chegaram
com o fato de não ser mais o presidente executivo do Grupo RBS. “Estou
satisfeito com o novo ritmo e as novas escolhas”, informou e ao responder uma
pergunta do auditório da Federasul, sobre a hipótese de ser candidato a
governador disse que não há qualquer hipótese dele entrar na vida
política. “Meu trabalho é incompatível com a política”, concluiu.
Para
encerrar, Nelson Sirotsky contou os sete pontos que ele acredita serem
essenciais para o sucesso profissional e pessoal: “Fazer as coisas certas; ter
consistência no que se diz e no que se faz; ser inflexível nas questões éticas;
ter empatia; trabalhar com seriedade; tentar entender o que os outros pensam e,
ter vida pessoal e familiar”.
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