A urna com os restos mortais do ex-presidente João
Goulart, o Jango, chegou à
base aérea de Brasília por volta das 11h48min . Com honras de chefe de Estado,
o esquife de Jango foi recepcionado pela presidente Dilma Rousseff.
A viúva Maria Thereza Goulart, os
ex-presidentes Lula, José Sarney e Fernando Collor, o presidente do Senado Renan
Calheiros, ministros de Estado, outras lideranças políticas e
comandantes das Forças Armadas também participam da recepção ao corpo de Jango.
A cerimônia tem marcha fúnebre, execução do Hino Nacional, hasteamento da
bandeira e salvas de 21 tiros de canhão.
A chegada à capital federal e a homenagem integram a operação que tenta
esclarecer as causas da morte do líder trabalhista. Deposto e exilado pelo
golpe de 1964, Jango morreu na Argentina, em dezembro de 1976. A versão oficial
indica que ele foi fulminado por um ataque cardíaco, porém, existe a suspeita
de que o gaúcho tenha sido envenenado por agentes ligados à Operação Condor,
esquema de cooperação entre as ditaduras do Cone Sul.
Da base aérea, a urna seguirá
escoltada por batedores para o Instituto Nacional de Criminalística (INC) da
Polícia Federal, onde serão realizados exames antropológicos e de DNA.
No local, os peritos também vão
coletar as amostras que serão enviadas para laboratórios no exterior,
responsáveis pelos exames toxicológicos que tentarão esclarecer a causa da
morte de Jango. Não há prazo para divulgação dos laudos, nem certeza se os
resultados serão conclusivos.
O corpo de Jango voltará
para São Borja em 6 de dezembro, aniversario da morte do ex-presidente.
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