Juramento do Jornalista

Juro exercer a função de jornalista assumindo o compromisso com a verdade e a informação. Atuarei dentro dos princípios universais de justiça e democracia, garantindo principalmente o direito do cidadão à informação. Buscarei o aprimoramento das relações humanas e sociais,através da crítica e análise da sociedade,visando um futuro mais digno e mais justo para todos os cidadãos brasileiros.

Jornalista é agredida ao cobrir paralisação de operários em Canoas




A jornalista Laira de Souza Sampaio, correspondente do Correio do Povo em Canoas, estava fazendo fotos de grevistas por volta das 14h de terça-feira, 2 de julho, quando foi pega pelo pescoço por um homem não identificado. Enquanto torcia as cordas da câmera fotográfica e do crachá, exigia saber se ela "era do sindicato". Laira tentava explicar que era da Imprensa, e o agressor queria arrancar a câmera e mandava tirar o cartão de memória. "Em questão de segundos, eu estava cercada por uns sete homens, que me insultaram e me empurravam. Depois de eu repetir sei lá quantas vezes, o cara leu o crachá e me empurrou, mandando eu ir em paz...", relata a jornalista, revoltada. "Parece que a mão dele ainda está apertando a minha garganta". Três mil funcionários da empreiteira UTC Engenharia, que está realizando a ampliação da Refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas, fizeram paralisação em frente à Petrobras nesta terça-feira, desde as 5h. 
Quando foi solta, um outro homem disse para ela não dar bola, que ele estaria alterado e achava que a jornalista estava lá enviada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Porto Alegre - STICC. Hostilizado pelos trabalhadores, Laira foi até a Brigada Militar, que estava no portão da refinaria, para denunciar o fato. Ao ver que ela estava com os policiais, o agressor fugiu do local, e a BM escoltou a jornalista por algumas quadras. No final da tarde, Laira de Souza Sampaio esteve na Delegacia de Pronto Atendimento de Canoas para registrar a ocorrência. O STICC ligou para a jornalista e ofereceu acompanhamento caso precise retornar ao local nos próximos dias. 
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul repudia toda a violência cometida contra profissionais e vai acompanhar o caso de perto. "É inadmissível que um profissional ainda seja agredido em pleno exercício da profissão. Estamos vendo milhares de brasileiros nas ruas, em um belo exercício de democracia, e uma colega sofre violência enquanto cobre uma manifestação justa de trabalhadores. O Sindicato repudia a atitude e vai acompanhar a apuração dos fatos pelas autoridades policiais”, declara o vice-presidente do SINDJORS, Milton Simas. Um projeto de lei para federalização dos crimes contra jornalistas está tramitando atualmente no Senado.

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