Juramento do Jornalista

Juro exercer a função de jornalista assumindo o compromisso com a verdade e a informação. Atuarei dentro dos princípios universais de justiça e democracia, garantindo principalmente o direito do cidadão à informação. Buscarei o aprimoramento das relações humanas e sociais,através da crítica e análise da sociedade,visando um futuro mais digno e mais justo para todos os cidadãos brasileiros.

MANIFESTO DOS JORNALISTAS DE ZERO HORA

Nos últimos dias, a Redação de Zero Hora esteve sob ameaça em duas ocasiões, e isso pode ocorrer outras vezes.
Na segunda-feira, dia 17, e na quinta-feira, dia 20, o Batalhão de Operações Especiais fez barreiras quase em frente ao jornal. Havia - e há - informações de que grupos de vândalos tinham a intenção de depredar, invadir e mesmo incendiar o prédio enquanto dezenas de pessoas estavam ali trabalhando, entre as quais jornalistas, radialistas e inúmeros outros profissionais de áreas como manutenção, alimentação e segurança.
A imensa maioria dos manifestantes, como o jornal tem destacado, quer protestar de forma pacífica contra governos e diferentes instituições, aí incluída a imprensa. Zero Hora, porém, tornou-se alvo de grupos que defendem abertamente o uso de métodos violentos de protesto, como incendiar veículos e vandalizar prédios.
Como todos os brasileiros, torcemos para que desse movimento resulte, dentro dos marcos da ordem democrática, um país mais justo e uma imprensa melhor.
Nosso papel, neste momento, é noticiar, analisar, refletir as diferentes visões da sociedade sobre o que se vê nas ruas. Desde os protestos contra o aumento das passagens em Porto Alegre, Zero Hora tem dado espaço para múltiplas opiniões sobre o assunto, tentando refletir a pluralidade do movimento e contribuindo para que cada leitor se posicione diante dos acontecimentos. Ainda assim, uma minoria violenta e radical ameaça invadir nosso local de trabalho.
Nesta Redação, trabalham quase duas centenas de profissionais. Quem faz a Zero Hora que você lê são jornalistas que procuram atender ao interesse do público. Acertamos e erramos. Fazemos autocrítica e ouvimos com extrema atenção as críticas dos leitores porque sabemos que estamos sujeitos a errar. Trabalhamos, todos os dias, para sermos cada vez mais transparentes e para aperfeiçoarmos o produto que entregamos ao leitor. 
Acreditamos que, com todas as suas falhas, a imprensa livre é fundamental para a democracia. Calar a imprensa significa eliminar um canal de troca de informação e debate. Perde a sociedade e perde a democracia.
Por esse motivo, queremos trabalhar, queremos ouvir o público. Queremos cobrir as manifestações da forma mais plural possível. É nosso papel e nossa forma de contribuir para a evolução da sociedade. Mas não podemos aceitar que nossa integridade física esteja ameaçada.
Acreditamos nesse Brasil melhor que as ruas estão exigindo. Nossa maneira de ajudar a construir esse país é fazer jornalismo. Em respeito aos cidadãos e porque acreditamos no jornalismo, não fugiremos ao dever de informar.

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