Estreiou na última nas salas de cinema de Porto Alegre e região metropolitana , Projeto X: Uma Festa Fora de Controle (EUA, 2012), que promete levar o espectador ao riso com um humor escatológico, reviravolta atípica a filmes do gênero, além do estilo de filmagem inovador pouco usado em comédia.
A história se passa na vida de três anônimos estudantes do último ano do colegial. Eles resolvem dar uma festa. Porém, o evento toma proporções alarmantes com direito a intervenção da policia e tudo mais.
Garotos no auge de suas erupções hormonais já renderam boas gargalhadas nas telas do cinema, de “American Pie” (1999) a “Superbad” (2007), a proposta não é outra se não mostrar adolescentes norte-americanos as voltas com o tema “preciso-transar-urgentemente”, ah! E também, de quebra “me tornar-popular-no-colégio”. Depois de muitos filmecos do quase subgênero lançado direto para o mercado de DVD . A única proposta digna – força de expressão! - , que surge é esta produção de Todd Phillips, o diretor do estrondoso sucesso “Se Beber Não Case” ( 2009).
Seguindo uma linha de roteiro que demonstra parentesco com “Se Beber...”, o público é convidado a participar de uma festa onde muita coisa de inusitada pode acontecer, e acontece. Humor escatológico e do mais grosseiro é o mote, onde fogos de artifícios estouram diante garotas pagando peitinho e bundinha de plano em plano reforçando a linha “mulheres objeto”. Nada mais sexista, as feministas de plantão podem alegar. Além, de um anão ser trancado dentro de um forno, ou uma distribuição “acidental” massiva de esctasy como se fosse bala de banana. Ninguém saí ileso, nem o cachorrinho chamado carinhosamente pelo nome em meio a toda aquela balburdia, “Milo”.
Uma das reviravoltas ocorrem com direito a cenas que remetem a filmes de ação “B”, mas que no contexto divertem, e muito. O diretor estreante, Nima Nourizadeh resolve brincar e usa o estilo de filmagem “found footage”, aquele celebrizado por películas como “Bruxa de Blair” (1999) e que se tornou moda em parte de produções do gênero terror a partir de então. Uma pessoa filma como uma espécie de documentarista. Tal recurso em filmes como o já citado ou “Cloverfield (2008), impacta e estabelece empatia com a platéia. Em “Projeto X ...”, apenas aguça a curiosidade sobre quem está filmando. O tal personagem “surpresa” que é revelado no final.
Uma segunda curiosidade, o elenco foi escolhido através de um concurso nacional de talentos, fator que deixou de contribuir positivamente para a produção. O trio de atores principais é apático, a presença deles em todo momento faz lembrar dos carismáticos rapazotes de “Superbad”, e do quanto “Projeto X” poderia ter sido melhor com figuras parecidas, um deles, inclusive...tchan!Tchan!Tchan!
O orçamento do projeto foi considerado baixo, de apenas 10 milhões, e a expectativa dos produtores é que ele consiga se pagar mesmo com uma classificação indicativa tão alta, no Brasil ficou proibido para menores de 18 anos.
Fonte:Walter Ferreira
jornalista colaborador-cinéfilo,cultural
Nenhum comentário:
Postar um comentário