Um seminário com acadêmicos, ativistas sociais e gestores públicos locais, estaduais e federais marcou nesta manhã , o seminário da Universidade Popular dos Movimentos Sociais (UPMS), iniciativa concebida pelo sociólogo Boaventura de Souza Santos - que também coordeonou a mesa do seminário - e articulada por meio de uma parceria entre movimentos sociais, prefeituras progressistas e governo estadual e federal. "Essa iniciativa se consolida pela primeira vez aqui de forma inédita no plano continental, e sua riqueza já está inscrita no s corpos, almas e emoções", avalia Boaventura.
O evento integra mais uma etapa dos encontros da UPMS, que tem reunido lideranças dos movimentos sociais do Brasil e outros 15 países. Essas atividades ocorrem desde o último domingo, 22, em Porto Alegre, São Leopoldo e Canoas. "Apoiamos esse processo porque entendemos que a economia solidária estimula desde os anos 80 uma pedagogia de autogestão, que se fortalece a partir do Governo Lula. E a UPMS representa a síntese desse processo, em direção ao um novo modelo de desenvolvimento nacional", avalia Valmor Schiochet, da Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES), que representou no evento o titular dessa pasta, Paul Singer.
Desafios
Para o prefeito Jairo Jorge, que também integrou a mesa de debates, bem mais do que uma articulação de diferentes saberes, a UPMS pode se constituir em uma instância potencial para a radicalidade democrática. "Que seja o embrião necessário para enfrentarmos os desafios de nosso tempo", resume. Situando as responsabilidades da UMPS para pensar nosso tempo, marcado pela fragmentação a fluidez e a fugacidade, ele propôs alguns desafios dessa instância. "É preciso mobilização, para reencantar as pessoas; a construção de novas estruturas, resistentes e flexíveis; o compartilhamento, para gerar uma inteligência coletiva, e a memória com reflexão, para recuperarmos nossas origens e pensar o futuro", analisa.
Participaram ainda da mesa de debates os vices-reitores da Ufrgs, Rui Vicente Oppermann, e da Unisinos, padre José Ivo Follmann; o prefeito Ari Vanazzi e a assessora de Relações Institucionais deo Departamento de Participação Cidadã do Governo do RS, Maria da Glória Kopp, representando o governador Tarso Genro, entre outras autoridades acadêmicas, civis e políticas. Durante três dias, os Grupos de Trabalho da UPMS debateram e construiram propostas em torno de avanços e retrocessos sobre temas como preconceito, extermínio étnico-racial, protagonismo civil, livre orientação sexual, entre outros. Um novo encontro, a ser realizado no dia 28 na Assembléia Legislativa deve debater os rumos futuros da UPMS.
Fonte:Secom/PMC
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