A renda de bilro surgiu, segundo alguns pesquisadores, na Bélgica, no século 15. De lá, espalhou-se pela Europa, particularmente para a Itália e França, até chegar a Portugal e ao arquipélago dos Açores, principais centro de produção. Ao virem para o Brasil, os portugueses trouxeram a atividade da renda para enfeitar trajes e alfaias da igreja, além de toalhas, cortinas, lençóis e peças do vestuário da nobreza.
Na Ilha de Santa Catarina, a renda de bilro apareceu por influência dos açorianos, no século 18. Enquanto os homens passavam longos períodos na atividade da pesca, com redes artesanais, as mulheres ocupavam o tempo livre tecendo fios em almofadas de bilro. As rendas produzidas eram vendidas no mercado da cidade ou trocadas por produtos de necessidade básica para reforçar o orçamento familiar, numa tradição cultural, passada de geração a geração, e que originou o ditado popular “onde há rede, há renda”.
Entre as rendas de bilro mais conhecidas, produzidas em Florianópolis, estão a “maria morena” e a “tramoia”, ou renda de sete pares, que é considerada um produto típico do estado, produzida principalmente por artesãs do Ribeirão da Ilha, Santo Antônio de Lisboa e Lagoa da Conceição.
Durante o FTN o jornalista Cauê Nascimento,teve a oportunidade de conversar com a artesã Bernardete que lhe explicou sobre este costume de Santa Catarina.
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