Juramento do Jornalista

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FAÇA SUA PARTE: eles só precisam de carinho

Eles são personagens reais de uma história que ainda pode ter um final feliz. Atualmente, o canil do Centro Municipal de Controle e Bem Estar Animal acolhe alguns cães que, por diferentes razões, possuem necessidades especiais. A maioria deles tem algum membro (pata) com o movimento restrito. Nada que impeça a alegria e pulos, quando alguém se aproxima, típico de cãezinhos dóceis.
A situação é explicada pelo funcionário Alexandre Szekir, que trata os animais. “A maioria deles foi encontrada na rua, muitos agonizado, abandonados, após algum acidente”, conta. Neste caso, os bichos foram recolhidos e tratados. Alguns superaram as expectativas, sobrevivendo mesmo quando o dignóstico não era favorável.
Teimosia pela vida que se expressa em travessuras, abanos com a cauda e a aproximação amigável de quem quer carinho. Assim eles são encontrados, no local onde estão prontos para a adoção. Tarefa complicada, difícil para quem quer um lar, e não guarda traumas dos fatos que os levaram a viver no canil. “Ao contrário das pessoas, os animais não memorizam traumas, e as seqüelas não são levadas em conta. Mesmo com pequenas dificuldades, todos conseguem se movimentar e se adaptam a fim de continuar sua vida normal”, disse Szekir.
Os animais recebem apelidos carinhosos de seus tratadores, guardiões de um Centro que preza pela vida, geralmente de acordo com suas características ou em referência ao local onde foram encontrados:
- Pretinho, tem a base genética de Dobermann, não tem um dos pés traseiros, é alegre e brincalhão;
- Ximango é misto de Fox e foi encontrado após atropelamento na avenida Santos Ferreira, quando ficou com seqüela na pata dianteira esquerda;
- Pio X também é misto da raça Fox. Sobreviveu a uma agressão na praça localizada no bairro Mathias Velho. Um ser humano o chutou, até que quebrasse sua pata esquerda, que ficou lesionada;
- Sub é misto de Fila. Foi encontrado com duas patas quebradas e o quadril deslocado. Recebeu tratamento e hoje impõe respeito pelo seu porte avantajado;
- Bull é um cão da raça Bull Terrier, cuja cegueira não é total por ainda enxergar parcialmente por uma das vistas. É esperto e atencioso. Perspicácia desenvolvida pela habilidade dos outros sentidos que possui.
HISTÓRIAS
Algumas histórias são de fidelidade não retribuída. Um cão de cor preta, ainda sem apelido, foi recolhido após permanecer dois anos na região onde morava seu ex-proprietário. “Os donos foram embora, deixaram o animal, que circulava e geralmente parava em frente à casa, esperando que alguém voltasse”, contou Szekir. Ninguém apareceu. O cão, misto de Belga e Fox acidentou-se, e hoje aguarda novo dono, que o receba com a sequela em uma das patas, e não o abandone.
O caso de Rostinha foi mais grave. Encontrada na rua com parte do rosto tomado por uma “bicheira”, ainda teve o pé amputado. Está em recuperação e sobrevive de forma dócil e corajosa, com o semblante de um animal companheiro.
A permanência no canil, conforme o funcionário Alexandre Szekir, tem que ser passageira. “O local deles é junto ao convívio, ao ambiente. Por enquanto, tiveram o tratamento, se recuperaram. Não é certo que passem o resto da vida sem poder expressar seu comportamento natural”, avaliou.
Por esta razão, existe o serviço de adoção dos cães. Para o processo são necessários apenas três itens: a apresentação de um documento de identidade, comprovante de residência e o mais importante, carinho.
Os cães saem do Centro desverminados e com a possibilidade, se o proprietário quiser, de castração futura.
A visitação pode ser feita de segunda a sexta-feira, em horário comercial. O Centro Municipal de Controle e Bem Estar Animal está localizado na avenida Boqueirão, 1987, bairro Igara. Os telefones são 3427-1752 / 3429-2924.
IMPORTANTE
Para quem maltrata animais, Alexandre Lembra que a Lei 9605/98, artigo 32 garante a punição, com pena prevista de três meses a um ano de prisão, em caso de abandono ou maus tratos, acrescida de um terço em caso de morte do animal.
Faça sua parte, eles só precisam de carinho.
Fonte:Jesiel B. Saldanha Secom/PMC
 

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