Homenagens:
Os alabês Walter Calixto Ferreira, o Mestre Borel, de Porto Alegre, e Pai Augusto d’Oxalá, de Canoas, receberam o troféu Viva Zumbi pelo trabalho desenvolvido. Antes, o grupo de capoeira Pretos Velhos da Vivência e Mestre Chuca homenagearam Mestre Borel.
Nos rituais de religiões africanas, os alabês chamam as entidades, caboclos e exus, em harmonia com os orixás. Outros tamboreiros de cidades próximas e a canoense Clair de Iemanjá, representando as mulheres, foram agraciados com troféus e diplomas. Também ganharam reconhecimento 30 jovens inciantes.
O coordenador da Diversidade, Paulinho D’Odé, disse que o encontro representava os mais de mil terreiros e 100 mil umbandistas e africanistas de Canoas e os 65 mil terreiros do Rio Grande do Sul e resultou da união de esforços das entidades e poder público.
Humildade:
Mestre Borel, 87 anos, é um pesquisador da cultura afro-brasileira e autor do livro Ago Iê – Vamos falar dos Orixás. Ele defende a busca da essência dos orixás africanos, sem o sincretismo afro-católico nos cultos umbandistas. Ao agradecer a homenagem, afirmou que se considera um ogan alabê (aprendiz) e pediu que todos sejam humildes, mas não submissos, pois pertencem à mesma casta, criada por Deus. Pai Augusto, por sua vez, declarou que o fundamento maior de uma religião é o respeito.
O Encontro teve a participação de Mãe Rose de Xangô, coordenadora geral do Uniaxés e idealizadora do evento; o presidente da Fauers, Éverton Alfonsin, e Pai André D’Oxalá de Gravataí.
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