Protocolo visa destinar uma melhor carne bovina ao consumidor final

Solenidade lotou o Estande da Simental da Jaguaretê, na Expointer.

A Associação de Criadores da Raça Simental Fleckvieh e a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa) assinaram nesta quinta-feira (2), o protocolo de intenções para o fomento e o aprimoramento genético do rebanho bovino gaúcho nas pequenas propriedades rurais do Estado. A solenidade aconteceu no Estande da Simental da Jaguaretê, dentro da 33ª Expointer, e contou com a presença de cerca de 80 pessoas, entre autoridades, criadores da raça Simental e imprensa.
De acordo com o presidente da Associação de Criadores da Raça Simental Fleckvieh, Eduardo Borges de Assis, a raça Simental é diferenciada porque o gado se adapta tanto nas pequenas como nas grandes propriedades. Assis afirmou que a certificação da carne de Simental era o que faltava para a raça se firmar em solo gaúcho. "Entre as raças de bovinos mistos, a Simental lidera em participação nesta Expointer, com 182 animais expostos".
O secretário adjunto de Agricultura, Ony Lacerda, disse que a Simental da Jaguaretê é bem vinda ao Estado e que, "na verdade, é o Rio Grande do Sul que os chama para esse grande empreendimento", referindo-se a vinda da Jaguaretê de São Paulo para o Estado, trazendo 200 animais da raça e mais 100% da genética sul-africana. "O Governo os cumprimenta pela iniciativa que beneficia a carne bovina gaúcha. Estamos sempre à disposição para projetos como este que visam melhorar a qualidade de nossa carne, para que possamos nos firmar, cada vez mais, como um pólo de exportação de carne bovina", disse.
Já o secretário adjunto de Relações Institucionais, Hugo Prevedello, disse que, com a certificação da carne Simental e com a vinda da Jaguaretê ao Estado, trazendo uma genética nova, quem ganha é o produtor rural e o consumidor, que terá uma carne de maior qualidade e o produtor, mais renda.
Segundo o proprietário Luiz Antônio Queiroz, o Rio Grande do Sul possui o maior rebanho de gado de origem européia do Brasil e pastagens, inclusive as de inverno, muito propícias ao nosso tipo de bovino, e que dão um sabor especial a carne gaúcha. “O que pudermos fazer para ajudar a melhorar ainda mais esta carne será a nossa missão aqui no Estado”. Queiroz afirmou que a Jaguaretê já se sente gaúcha. "A Simental da Jaguaretê se sente tão bem no Rio Grande do Sul, que já a estamos chamando de Jaguaretchê", brincou.

SAIBA MAIS:
O protocolo de intenções assinado pela Associação de Criadores da Raça Simental Fleckvieh e a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa) será inserido nos programas coordenados pela Seappa, a Central Riograndense de Inseminação Artificial (CRIA) e o Programa de Desenvolvimento da Pecuária Familiar (PECFAM), e terá validade de dois anos.
Nas ações previstas pelo protocolo, a Seappa poderá distribuir o sêmen da raça simental, acompanhar o desenvolvimento dos terneiros nascidos, avaliar ganho de peso e o rendimento de carcaça. Também terá o controle do manejo sanitário dos animais e, ainda, de certificação da origem dos mesmos, lançando mão dos instrumentos da rastreabilidade e de identificação da origem dos animais.
Já a Associação, por sua vez, fornecerá gratuitamente as doses de sêmen para a Central Riograndense de Inseminação Artificial, que irá distribuir aos produtores gaúchos conveniados à Seappa. O projeto também prevê a distribuição de equipamentos tecnológicos à Secretaria, a execução de dias de campo e de troca de experiência entre os produtores, além de promover a adoção de novas tecnologias e de realizar encontros de treinamento e capacitação.
Segundo Luiz Antônio Queiroz o objetivo é criar, junto à Secretaria de Agricultura, um ambiente favorável ao desenvolvimento das cruzas simental com outras raças taurinas, para obtenção de uma melhor carne para o consumidor final.
Fonte:Jornalista Silvana Daniela Sehnem