O socio-proprietario da Simental da Jaguarete, Luiz Antonio Queiroz, mostrando a raca Simental ao secretario de Estado de Agricultura, Gilmar Tiethbol, ao secretario adjunto de Agricultura, Ony Lacerda, e ao vice-governador de Maldonado, no Uruguai, mestre Gustavo Salaberry.
A Simental da Jaguaretê está entrando no mercado gaúcho, trazendo de São Paulo, 100% da sua genética de origem sul africana para ficar definitivamente em solo gaucho. O Simental, que será produzido aqui, possui melhor adaptação ao ambiente tropical por ser proveniente da África do Sul, garantindo uma linhagem resistente e com certificação acima de três estrelas quanto à maciez e o marmoreio da carne.
Estes animais foram adaptados ao longo de dez anos no estado de São Paulo e foram exaustivamente testados no cruzamento com a raça Nelore, levando em conta uma série de marcadores como: peso ao nascer, resistência a carrapatos, precocidade, peso de desmama, peso de abate, e rendimento de carcaça, entre outros.
De acordo com o vice-presidente da Associação Nacional dos Criadores de Raças Simental e Simbrasil, Carlos Eduardo Ferreira da Silva, a Simental é maior raça de gado do mundo e seus grandes diferenciais frente o mercado são a dupla aptidão, ou seja, produz carne e leite; o seu médio porte, com grande produção de carne; e a precocidade, que representa um menor custo com a alimentação.
Já o presidente da Associação Gaúcha de Criadores da Raça Simental Fleckvieh, Eduardo Borges de Assis, afirmou que a Simental é a raça com maiores condições de crescer no mercado gaúcho, por causa da temperatura média anual, do tipo de pastagem, da altitude e da vegetação, típicas da região Sul.
Para o diretor administrativo do Frigorífico Cowpig, Luiz Fernando Sebastiani, a genética da raça Simental é uma das melhores que existe no Brasil. Conforme Sebastiani, o animal cresce mais rápido, pois o alimento se converte em carne, podendo ser abatido em 14 a 15 meses. “A qualidade, por ser precoce, é excepcional”, disse. O diretor da Cowpig disse ainda que o rendimento da carcaça é de, no mínimo, 58% para o macho, e de 56%, para a fêmea. “Além disso, o rendimento da desossa da Simental é 5% superior ao da raça Nelore”, destacou Sebastiani.
Segundo o sócio-proprietário da Jaguaretê, Luiz Antônio Queiroz, a raça Simental no Rio Grande do Sul será cruzada com as raças Redford, Angus, Marchegiana, entre outras. Este tipo de cruzamento permitirá reunir as qualidades da Simental com as peculiaridades dos outros tipos de raças, trazendo para o Rio Grande do Sul, um animal com grande precocidade para o abate, com elevada concentração de marmoreio (gordura entre a carne), e com maior rendimento de carne. "Queremos ter, em dois anos no Rio Grande do Sul, 150 mil vacas da raça de cruza Simental", enfatizou Queiroz.
Para Queiroz, o Estado possui o maior rebanho de gado de origem européia do Brasil e pastagens magníficas, inclusive as de inverno, que dão um sabor especial a carne gaúcha. “O que pudermos fazer para ajudar a melhorar ainda mais esta carne será a nossa missão aqui no Estado”.
O sócio-proprietário da Jaguaretê afirmou, ainda, que o pecuarista gaúcho participa intensamente do desenvolvimento de seu rebanho. “Tenho certeza que esta vitalidade e troca de informações e genética trará excelentes resultados a curto e longo prazos”, destacou Luiz Antônio Queiroz.
Na data de hoje a imprensa foi muito bem recebida com um almoço no estande da Simental de Jaguaretê,aos quais quero manifestar meus sinceros agradecimentos.
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