O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, voltou a elogiar o Brasil e a Turquia pelo acordo nuclear firmado com o Irã. “Pode ser um passo positivo para a negociação de uma resolução. Mas existe séria falta de confiança sobre o Irã”, declarou esta manhã (27) o sul-coreano, que está no Brasil para participar do 3º Fórum da Aliança de Civilizações da ONU, que ocorre entre hoje e sábado (29) no Rio de Janeiro.
Ban Ki-moon qualificou de “louváveis” os esforços de Brasil e Turquia na intermediação de um acordo nuclear com a república islâmica, mas alerta: “Se e quando as autoridades iranianas deixarem claro que irão cooperar plenamente e declararem que vão parar o enriquecimento [de urânio no próprio território], isso seria muito prestativo para reforçar a confiança”. Segundo o acordo assinado recentemente em Teerã, o país persa enviará 1.200 quilos de urânio à Turquia e, um ano depois, receberá 120 quilos do urânio enriquecido para ser utilizado em reatores nucleares com fins científicos. O acordo gerou negativas reações no Ocidente. Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (EUA, China, Reino Unido, França e Rússia) discutem a imposição de novas sanções ao país do presidente Mahmoud Ahmadinejad.
Elogios ao Brasil:
Durante a entrevista coletiva realizada num hotel da orla de Copacabana, zona zul do Rio, o secretário-geral da ONU teceu elogios ao Brasil. Disse que o país é claramente um líder regional e mundial, visto como facilitador. Ban lembrou ainda que atualmente 2.200 soldados brasileiros participam de oito missões de paz da ONU pelo mundo.
Entretanto, esquivou-se da pergunta sobre o apoio pessoal ao empenho brasileiro de tornar-se membro permanente do Conselho de Segurança. “O Brasil tem participado ativamente nas negociações sobre a reforma do Conselho de Segurança. No entanto, como secretário-geral, não estou na posição de apoiar um ou outro país. Cabe aos membros discutir. Tenho tentado facilitar as negociações.”
O secretário-geral afirma que a reforma está demorando muito. Ele espera que as discussões se dêem de modo mais sério e que os membros cheguem a um consenso.
Fonte:BOL
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