Lula afirmou que o Brasil responderá com base na Lei da Reciprocidade Econômica e reforçou que o país é soberano e não aceitará qualquer tipo de tutela estrangeira. A medida dos EUA, segundo Trump, teria justificativas políticas e econômicas, incluindo críticas ao Supremo Tribunal Federal e ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Lula interpretou as novas tarifas como uma tentativa de interferência externa no processo judicial brasileiro, especialmente em relação aos envolvidos nos atos golpistas.
Ele declarou que a condução desses julgamentos é responsabilidade exclusiva da Justiça brasileira.
O presidente também rejeitou as acusações de censura digital, defendendo que o Brasil combate conteúdos de ódio, desinformação e ataques à democracia.
Em relação ao argumento econômico norte-americano, que menciona um suposto déficit comercial com o Brasil, Lula contestou veementemente.
Segundo ele, os dados oficiais dos próprios EUA indicam que o país teve um superávit de US\$ 410 bilhões no comércio de bens e serviços com o Brasil nos últimos 15 anos. Assim, Lula classificou como falsa a justificativa usada por Trump para impor as tarifas.
A resposta brasileira será fundamentada na Lei da Reciprocidade Econômica (Lei nº 15.122), sancionada em abril.
Essa norma permite que o Brasil adote contramedidas, como restrições a importações ou suspensão de concessões, sempre que medidas unilaterais de outros países afetem negativamente sua economia. A lei prevê ainda a necessidade de diálogo diplomático, participação do setor privado e proporcionalidade nas respostas, sendo agora a principal base legal para enfrentar a decisão tarifária dos EUA.
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