Não se trata de uma escolha artística, mas de uma escolha de continuidade e de devoção.
Do lado de fora do seu apartamento privado na Casa Santa Marta, sobre uma pequena mesa de mármore havia sempre uma rosa branca fresca.
Essa flor acompanhou a vida de Jorge Mario Bergoglio.
Ele mesmo falou sobre isso no livro de entrevistas “El Jesuita”, escrito pelos jornalistas argentinos Sergio Rubin e Francesca Ambrogetti, que, descrevendo a biblioteca do então arcebispo de Buenos Aires, notaram um vaso cheio de rosas brancas numa prateleira, em frente a uma foto da mística carmelita, morta com apenas 24 anos em 1897.
“Quando tenho um problema peço à santa não para resolvê-lo, mas para tomá-lo em suas mãos e me ajudar a aceitá-lo, e como sinal quase sempre recebo uma rosa branca”, explicou.
Isso também aconteceu no início de seu pontificado, em setembro de 2013, quando convocou uma vigília de oração na Praça São Pedro pela paz na Síria.
Durante a vigília, foram lidos alguns trechos da poesia de Santa Teresa de Lisieux e o Papa Francisco, ao retornar para a Casa Santa Marta, recebeu como presente uma rosa branca colhida por um jardineiro nos Jardins Vaticanos.
O Papa recebeu o mesmo presente poucos dias depois de sua última internação no Hospital Gemelli por pneumonia bilateral: uma rosa branca de Santa Teresa embalada, proveniente de Lisieux.
Um “sinal” de que a mística o acompanhou até os últimos momentos de sua vida.
Também hoje é intenso o fluxo de fiéis que visitam a Basílica de Santa Maria Maior para rezar diante do túmulo de Francisco. Ontem, primeiro dia, foram 70 mil pessoas que ali estiveram, entre turistas, romanos e peregrinos do Jubileu.
A Basílica ficou aberta até às 22h.
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