A Prefeitura e o Simers têm buscado constantes alternativas para
salvar o HNSG da falência, mesmo com falta de diálogo da ABC junto às demais
instituições. Esgotadas as tentativas de consenso, Simers e Prefeitura
buscaram, então, o Ministério Público. A intenção é encontrar saídas legais
para manter o hospital em funcionamento, quitar as dívidas trabalhistas,
reorganizar administrativamente a instituição e permitir que pacientes que
procuram o HNSG, através do SUS ou por convênios, tenham atendimento
qualificado.
O prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato, destacou que o Poder
Executivo Municipal acompanha e monitora a situação do HNSG com preocupação. “A
solução deste problema, que se arrasta há anos, depende de ações exclusivamente
da ABC. É dela a responsabilidade de manter o hospital em pleno funcionamento e
manter a sanidade fiscal e administrativa. Nós estamos agindo fortemente para
evitar a falência do hospital, buscando soluções plurais e dentro da lei”.
Na próxima semana, um novo encontro entre Prefeitura de Canoas,
Ministério Público e Simers deve ocorrer e desta vez são esperados
representantes da Associação Beneficente Canoas. A intenção é dar
prosseguimento a um plano de salvação do hospital, através da mudança radical
da gestão, com base na legislação.
Crise financeira:
A Prefeitura realiza à empresa administradora do Hospital Nossa
Senhora das Graças um repasse mensal de aproximadamente R$ 6,5 milhões. Esses
pagamentos são feitos rigorosamente em dia, para que os moradores de Canoas
tenham atendimento através do Sistema Único de Saúde nas mais diferentes
especialidades, desde a emergência até exames e procedimentos de cirurgia. O
valor também é repassado para que os funcionários do hospital e suas
terceirizadas tenham todos os meses seus salários pagos na data certa. O que
não ocorre atualmente.
Os promotores ouviram relatos do médico Omar dos Santos,
representante do corpo clínico do hospital, de que existem prestadores de
serviço que há mais de dois anos têm pagamentos em atraso. Já a diretora do
Simers, Clarissa Bassin, contou aos membros do MP que, inclusive, valores que
são repassados ao hospital por planos de saúde particulares, como pagamento por
consultas e procedimentos, não chegam aos médicos.
Também participaram do encontro a secretária da Saúde de Canoas,
Rosa Groenwald, e os adjuntos da pasta, Patrícia Urrutigaray e Marcos Ferreira,
o presidente da Fundação Municipal de Saúde de Canoas, Fernando Ritter, o
procurador-geral de Canoas, Volnei dos Santos, o presidente da Comissão de
Saúde da Câmara de Vereadores, vereador Bamberg, e o líder de governo, vereador
Patrício.
Nenhum comentário:
Postar um comentário