A Secretaria Municipal da
Saúde (SMS), interditou, hoje uma Instituição de Longa Permanência para
Idosos, do bairro Fátima, por falta de condições de funcionamento e
maus-tratos. A equipe da Vigilância Sanitária e as
duas assistentes sociais da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social
(SMDS) constataram que o local estava com lotação além da capacidade, sem
alvará do Corpo de Bombeiros, além da estrutura precária e condições de higiene
inapropriadas. O proprietário também não apresentou a documentação do
responsável técnico.
Pedindo para não ser identificado, um dos moradores
declarou que o local é o pior em que já esteve. “Meu irmão mais novo me colocou
aqui, porque é mais barato. Mas esse lugar é horrível”, disse, relatando que
não tem onde guardar suas roupas e nem o que fazer para se distrair.
Com a interdição, os idosos foram retirados do local por
familiares contatados pelas assistentes sociais. Os que não tinham para onde ir
eram remanejados para outras instituições.
Monitoramento:
A diretora de Vigilância Sanitária, Sussi Antunes Cardoso,
destaca que a instituição vem sendo monitorada desde 2009, e o proprietário foi
orientado em diversas oportunidades sobre todos os processos para adequação ao
funcionamento. “Esgotaram-se todos os prazos e a estrutura não recebeu melhorias.
Está pior”. O forro de uma área aberta, na frente da construção, que teve danos
nos últimos temporais, está apoiado por um pedaço de madeira e pode cair a
qualquer instante, colocando a segurança dos moradores e dos trabalhadores em
risco.
Precariedade:
Com
pouco espaço para circulação, os residentes também não contam com refeitório.
Há apenas uma mesa pequena que não acomoda a todos. As assistentes sociais e os
fiscais da SMS também ouviram relatos de que a alimentação, precária, é servida
nos quartos e os idosos comem com os pratos no colo. “Dos 13 residentes, dois
deles, de acordo com o médico Paulo Zubaran, que compõe e equipe da Vigilância
Sanitária, oito apresentam desnutrição proteico-calórica”. Ele menciona que
três deles, com menos de 60 anos, não poderiam ter sido aceitos na instituição.
“Também encontramos irregularidade na documentação dos pacientes. Os
prontuários não mostram evolução médica.”
O proprietário só poderá reabrir as portas após todas as
alterações solicitadas. O interdito tem validade por 90 dias e poderá ser
renovado por mais 90 dias. Depois deste prazo, nova vistoria técnica será
realizada.
Fonte: Secom PMC
Nenhum comentário:
Postar um comentário