Em coletiva de imprensa realizada ontem, Luiz Antonio Queiroz, proprietário da Fazenda Jaguaretê, apresentou na 38ª Expointer as novidades relativas à difusão da raça Simental no Estado. Na pauta do encontro, o crescimento do Programa Carne Macia, projeto pioneiro no Rio Grande do Sul em desenvolvimento desde 2010, e o programa de parceria Boitel, que já está em prática desde o início deste ano na propriedade de Eldorado do Sul e que tem como meta o confinamento de 4 mil cabeças de gado, entre próprias e terceiras.
O secretário Ernani Polo prestigiou a ocasião e manifestou seu total apoio ao projeto desenvolvido pela Jaguaretê. “É a prova de que, com um bom manejo, é possível melhorarmos, e muito, as condições que temos atualmente. O Rio Grande do Sul tem um grande potencial na produção, especialmente pela qualidade do produto aqui produzido e, é claro, que, com o manejo correto e novas tecnologias, poderemos potencializar muito mais esse trabalho e esse setor tão importante para a economia do nosso estado”, declarou.
Segundo Queiroz, o índice de nascimentos de terneiros no Rio Grande do Sul costuma ser de 45 para cada cem vacas, sendo que as fazendas parcerias que integram o projeto da Jaguaretê já contabilizam 72 nascimentos para cada cem vacas. Ou seja, um incremento de 60% no índice de nascimentos. “Nos unimos à Marfrig para ampliar esse projeto no Estado e contamos com o apoio da Secretaria da Agricultura”, afirmou o proprietário da fazenda.
Além do maior número de prenhezes e nascimentos, a Jaguaretê visa ampliar ainda mais o rebanho de Simental e o número de animais abatidos anualmente por meio do programa de parceria Boitel. “A integração pecuária lavoura é uma realidade e está funcionando cada vez melhor, mas, para isso, é preciso ter padrão de marmoreio e acabamento de gordura, o que você só consegue no confinamento”, disse Queiroz. “Nosso confinamento está homologado pela Fepam para a exportação, inclusive para a cota Hilton. É uma carne muito mais valorizada. Por isso, tanto a Marfrig quanto a Secretaria da Agricultura têm interesse em nosso projeto.”
Com essas iniciativas, a meta é elevar os atuais 2,15 milhões de abates por ano no Estado para 3,20 milhões, em um período de até 5 anos, o que significa incrementar 1 milhão de cabeças por ano e gerar 50 mil novos empregos no Rio Grande do Sul. Hoje, 20% dos animais no Estado são abatidos com mais de quatro anos de idade. Já os animais da Jaguaretê são abatidos com 18 meses, o que garante melhor qualidade da carne, mais maciez, marmoreio e acabamento de gordura. E a consequência natural disso é a carne gourmet produzida pela propriedade.
“É claro que nosso objetivo não é atender a demanda de todo o Brasil, muito menos do mundo. O nosso projeto é uma bandeira para ser replicada por outros gaúchos que têm interesse em produzir carne de qualidade e o mercado está aberto para todos. Não é uma exclusividade da Jaguaretê. Estamos inclusive convidando outros empreendedores gaúchos para que sigam o nosso modelo. Assim, transformaremos a pecuária do Rio Grande do Sul”, incentivou Queiroz.
Outra vantagem importante desse trabalho é a redução de emissão de gás metano. “Está provado cientificamente que o bovino bos taurus produz 30% menos de gás metano do que o bos indicus, que são as raças zebuínas”, ressaltou Queiroz. “Os bois do nosso programa têm cerca de 76% de redução de emissão de metano. Vamos certificar esse dado junto à Secretaria da Agricultura.”
Fonte:Assessoria de Imprensa Jaguaretê: Luciana Brambilla Relações Públicas & Imprensa
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