O aumento do número de casos de Influenza Aviaria (IA)
nos Estados Unidos motivou a emissão de um alerta preventivo do Ministério da
Agricultura brasileiro sobre a doença. Para evitar que a enfermidade chegue ao
Brasil, uma vez que já está no continente americano, uma mensagem do Mapa foi
repassada a todos os estados. “A Influenza Aviaria nunca foi detectada no
Brasil (...) o que nos coloca em uma condição privilegiada perante outros grandes
produtores mundiais, embora o risco de introdução desta enfermidade seja
iminente”, diz a nota.
A coordenadora do Programa Nacional de Sanidade
Avícola na Superintendência Federal da Agricultura do RS, Taís Barnasque,
garante que não há pânico, apenas um pedido adicional de atenção à
biosseguridade. “Não temos nenhuma medida complementar sendo implementada,
apenas queremos que os veterinários do serviço oficial e privado estejam
atentos e que os produtores revisem e reforcem as práticas já realizadas”, afirma.
Entre as medidas recomendadas estão telas antipássaros, cercas de isolamento ao
redor de galpões, controle de trânsito de veículos e pessoas e utilização de
roupas e calçados limpos para a entrada nas granjas.
O Mapa recomenda ainda que a importação de material
genético de locais que registraram casos de Influenza Aviaria de alta
patogenicidade seja suspensa temporariamente ou realizada com amplo rigor
sanitário. A nota traz ações importantes a serem implementadas ou ampliadas
pelo serviço oficial, integradores e produtores.
O serviço de Sanidade Avícola da Secretaria da
Agricultura já realiza todas as práticas recomendadas pela nota do Mapa.
Conforme a fiscal estadual agropecuária Flávia Bornancini Borges Fortes, “as
notificações são verificadas em até doze horas, e as propriedades são todas
cadastradas”. Os dois sítios de aves migratórias do RS (Lagoa do Peixe e
Reserva do Taim) terão o acompanhamento retomado neste semestre.
O diretor executivo da Asgav, José Eduardo Santos,
afirma que o setor privado está ciente e as agroindústrias e cooperativas têm
tomado todo o cuidado, reforçando medidas de biossegurança “Não podemos
fragilizar nosso status sanitário. Nos preocupamos com a vulnerabilidade em
função das aves migratórias, por isso todos estão vigilantes e adotando medidas
preventivas”, garante.
No país norte-americano já são mais de duzentos focos,
desde a primeira detecção de casos em aves migratórias em dezembro de 2014. Os
prejuízos no setor avícola do país ultrapassam U$ 1 bilhão.
Fonte: Thais D'Avila
Nenhum comentário:
Postar um comentário