A Casa das Artes Villa Mimosa recebeu a
oficina de turbantes, com três integrantes do Coletivo Oluche. Esta atividade
não se limitou, apenas, a ensinar a montagem do acessório, mas, também
trabalhou a questão da valorização da mulher negra. O evento ocorreu nesta
tarde .
Visando quebrar os estereótipos de beleza
impostos pela sociedade, as oficineiras Priscila Pereira, Malize Fontoura e
Vanessa Rodrigues debateram sobre beleza feminina, cabelos, racismo e a luta
pela igualdade racial. "A importância da oficina está no diálogo e na
troca de experiências através do elemento turbante. Queremos trabalhar a
autoestima da mulher negra, que se sente excluída nos padrões de beleza e, por
isso, às vezes, se considera feia, o que não é verdade", afirmou Malize.
Durante a atividade, as três apresentaram
um vídeo que mostrava a diversidade de cabelos, com o objetivo de conscientizar
contra o racismo. Após, foi contada a história do turbante e sua inserção na
cultura afro. A apresentação foi construída sobre três pilares: resistência,
resiliência e reconciliação.
A Coordenadoria da Igualdade Racial,
promotora da oficina, comemorou o resultado do evento. O secretário especial
Sidiclei Mancy afirmou que a atividade é mais uma ação afirmativa da
coordenadoria para fortalecer o combate ao racismo. "É um passo para que
os negros mostrem sua força, seu aceitamento e reconhecimento. Temos que
excluir este estereótipo de que tudo que é do branco é belo e o do negro
não", disse.
Após os debates, foi realizada a
construção dos turbantes. As 25 alunas presentes levaram seus tecidos e
praticaram umas com as outras sob a orientação das instrutoras.
Fonte: Secom/PMC
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