A cantora e apresentadora Inezita
Barroso,morreu na noite de ontem, aos 90 anos.Seu corpo está sendo velado na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.
Inezita, ou Inês Madalena Aranha de
Lima, começou a cantar e estudar violão aos sete anos. Aos 11 iniciou seu
aprendizado de piano. Estreou profissionalmente em 1950, na Rádio Bandeirantes.
Participou da transmissão inaugural da TV Tupi,
canal 3, e trabalhou como cantora da Rádio Nacional, de São Paulo,
transferindo-se mais tarde para a Record. Ainda em 1950 participou do filme
"Ângela" e realizou recitais no Teatro Brasileiro de Comédia, no
Teatro de Cultura Artística e no Teatro Colombo.
Na década de 50 ganhou prêmios de melhor cantora
do rádio e fez sucesso com "Moda da Pinga" e "Lampião de
Gás", além de atuar nos filmes "Destino em Apuros", "Mulher
de Verdade", "É Proibido Beijar" e "O Craque".
Em 1953 gravou na RCA Victor, "Canto do
Mar" e "Marvada Pinga", entre outras.
A partir de 1954 passou a apresentar-se na TV
Record, em programas folclóricos, tema ao qual se dedicou definitivamente e que
a consagraria. Em 1955 atuou no filme "Carnaval em Lá Maior" e lançou
o seu primeiro LP, "Inezita Barroso", pela Copacabana, que incluía
"Banzo", "Funeral dum Rei Nagô" e "Viola
Quebrada".
Em 1955 Inezita gravou em LP as primeiras canções de Danças Gaúchas
compiladas por Paixão Cortês e Barbosa Lessa.
O sucesso não parou mais. Lançou: "Canta
Inezita", "Coisas do Meu Brasil", "Lá Vem o Brasil",
"Vamos Falar de Brasil" e "Inezita". Em 1956 publicou seu
livro "Roteiro de um violão".
Nos anos 60, lançou "Eu Me Agarro na
Viola", "Inezita Barroso" e "O Melhor de Inezita", com
Lampião de Gás e Moda da Pinga. Depois foi a vez de "Clássicos da Música
Caipira"(volume 1), com as canções Chico Mineiro e Pingo-d'agua.
Para representar o Brasil na Expo70, no Japão,
Inezita produziu um documentário. Em 1972 saiu o volume 2 de "Clássicos da
Música Caipira", com Rio de Lágrimas. Em 1975 "Inezita em Todos os
Cantos" trazia Negrinho do pastoreio e Asa Branca.
Inezita realizou programas especiais para
diversos países. Na década de 80, gravou o LP "Jóias da Música
Sertaneja" e "Inezita Barroso, a Incomparável".
Professora de folclore, com mais de 70 discos
gravados, produziu documentários e programas de televisão, viajando por todo o
mundo com seu repertório folclórico, ou "de raiz", como preferia
chamá-lo, para realçar o caráter original, as raízes da musicalidade popular
brasileira.
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