O ataque de um pitbull que
resultou na morte de uma mulher de 65 anos, na tarde de ontem , em Canoas,
ocorreu quando o filho da vítima, 33 anos, que era o dono do cachorro, havia
saído para comprar o almoço. Quando ele retornou encontrou a sua mãe caída no
pátio, ensanguentada. A Polícia Civil suspeita que o homem tenha efetuado dois
disparos contra o animal. O neto dela estava de serviço na sala de operações do
BPM. O PM foi dispensado.
A tragédia ocorreu no pátio da casa da vítima situada na rua Campinas no bairro Mathias Velho. A
mulher, identificada pela Polícia como Ione Irene Smolarki de Souza, estava
sozinha na residência no momento do ataque do cão. Ione foi encontrada com um
rodo na mão. A Polícia acredita que o objeto foi usado para tentar afastar o
animal. Entretanto, isto pode ter irritado o cão.
Conforme o delegado Pablo Queiroz Rocha, plantonista da Delegacia de Polícia de
Pronto atendimento (DPPA) de Canoas, a cena encontrada no local foi
estarrecedora. O cão, conforme o delegado, arrastou o corpo da mulher por cerca
de 10 metros. Rocha afirmou que quando chegou na casa da vítima, encontrou o
animal trancado no canil e ferido.
De acordo com os peritos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) o cão atacou a
mulher no tórax. Em seguida, o pitbull mordeu o pescoço da vítima. O Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ir no local, mas ela não resistiu
aos ferimentos.
“A partir de conversas com os vizinhos, descobrimos que a vítima usava um rodo
para afastar o animal”, contou o policial. “O ataque foi extremamente feroz,
deixando lesões profundas no pescoço que resultaram na morte da mulher”,
comentou Rocha. De acordo com o delegado, os vizinhos relataram que o filho,
dono do cão, costumava dar choques no animal.
Durante o atendimento da ocorrência, os policiais encontraram um simulacro de
pistola e uma arma de choque. “O simulacro tem um estampido muito forte, capaz
de assustar o animal”, analisou o delegado. “O animal pode ter feito uma
relação do rodo com os maus tratos e atacou”, comentou o delegado. A arma
utilizada para atingir o cão não foi encontrada. O cachorro foi levado ainda
com vida por uma ONG.
Um inquérito foi aberto para investigar o que pode ter motivado o ataque do
cachorro.
Cão já havia assustado vizinhos:
O clima no local era de tristeza. Os parentes não acreditavam no ocorrido. Em
frente à casa, familiares pouco se falavam. A placa na grade que cerca o
terreno já alertava para a presença de um cão feroz no terreno. Na calçada,
muitos moradores das cercanias contavam os sustos que já levaram ao passar em
frente à residência e encontrar o cão na parte da frente do jardim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário