22/08 - Alabê
Ôni (RS)
Horário: 19h
O grupo gaúcho é
formado por quatro músicos pesquisadores que se dedicam à recuperação da
história do tambor de sopapo o Grande Tambor, e traz ao palco do Sonora Brasil
repertório de maçambiques, quicumbis, alujás e candombes, manifestações da
cultura negra gaúcha ligadas à tradição religiosa. Como não houve continuidade
histórica nas manifestações musicais onde o tambor de sopapo estava inserido no
período colonial, especialmente nas charqueadas de Pelotas, os músicos
participantes não fazem parte de nenhum grupo de tradição oral. Eles
representam um movimento que congrega músicos e pesquisadores, e que vem se
expandindo no Rio Grande do Sul desde a década de 1990 buscando a valorização e
revitalização das manifestações musicais oriundas da matriz africana que
circulou pelo estado no período da escravidão. O grupo, formado especialmente
para o projeto Sonora Brasil, é integrado pelos músicos Richard Serraria, Mimmo
Ferreira, Pingo Borel e Kako Xavier.
23/08 – Oficina
de Tambores Gaúchos – Grupo Alabê Ôni
Horário: 14h
A oficina visa
apresentar aos participantes os tambores gaúchos, sobretudo tambor de sopapo,
através da exploração das várias possibilidades de sons, afinações e técnicas
de execução passando por exercícios musicais que auxiliem a execução de ritmos
afro-descendentes (mais especificamente o samba sul rio-grandense, candombe,
maçambique, quicumbi e batuque gaúcho).
Ministrantes: Richard Serraria, Mimmo Ferreira, Pingo Borel e Kako Xavier.
Carga horária: 4h
Número de participantes: 25 participantes
Inscrições através do e-mail: culturacentro@sesc-rs.com.br
23/08 - Raízes
do Samba de Tocos (BA)
Horário: 19h
Representando a
tradição do samba de roda da Bahia, o grupo foi organizado há sete anos a
partir de laços familiares e amizades entre vizinhos.
Liderado pelo Mestre Satu, apresenta-se em eventos locais geralmente de caráter
profano e em algumas festividades religiosas, principalmente as ligadas a São
Cosme e São Damião.
O grupo é formado principalmente por camponeses que vivem na região da antiga
fazenda de Tocos, município de Antônio Cardoso, no interior da Bahia, a 30 km de Feira de Santana,
tendo como principal atividade econômica a produção agrícola, especialmente do
fumo, milho e feijão.
Além do Mestre Satu, integram o grupo Roque da Viola, Antônio Luiz, Antônio
Almeida, Manoel Conceição, Antônia Neri, Edilma Neri e Maria de Lourdes, tocadores
e cantadeiras/sambadeiras que cantam acompanhados com tambores de oca de pau,
pandeiros, triângulo, cacumbu e viola.
24/08 - Raízes
do Bolão (AP)
Horário: 19h
Música e dança
típicas do Amapá, o marabaixo é muito valorizado pela população do estado e
reconhecido em sua identidade local. Está associado a festividades da igreja
católica em louvor a diversos santos como Santo Expedito, São Tiago e São José
e remete a tradições seculares que tiveram origem nos quilombos da região.
O grupo Raízes do Bolão vive no quilombo do Curiaú, área rural da cidade de
Macapá, onde mantém a tradição de cantar os ladrões (cânticos) que falam de situações
diversas do cotidiano e de temas religiosos. Tia Chiquinha, matriarca do
quilombo, aos 93 anos, participa ativamente das festas e é referência para todos,
detentora de conhecimentos que ajudaram o grupo a recuperar histórias e
cânticos do passado. Utiliza os tambores de marabaixo fabricados pelo Mestre Pedro
Bolão, e também apresenta os batuques (bandaias) tocados em tambores cavados em
tronco de árvore e em pandeirões que remetem a influências da cultura moura.
Integram o grupo os tocadores e cantadeiras Mestre Pedro, Diego Santos, Manoel
dos Santos, José Antônio, Esmeraldina dos Santos, Davina dos Santos, Carmem
Andreia e Siula da Fonseca.
25/08 - Samba de
Cacete de Vacaria (PA)
Horário: 19h
O grupo paraense
é formado por pessoas que mantém relações familiares e de vizinhança, e que
participam regularmente de atividades sociais onde se pratica o samba de
cacete. Seus integrantes, em sua maioria, são moradores da zona rural da cidade
de Cametá e vivem da produção agrícola.
Uma das situações sociais mais recorrentes relacionadas ao samba é “o
convidado”. Trata-se de um movimento de solidariedade e união de forças, quando
uma pessoa da comunidade vai preparar o terreno para o plantio e todos se
juntam para ajudar. Da limpeza do terreno ao plantio o samba de cacete é tocado
no intuito de animar o grupo pra que o trabalho seja feito com eficiência e
rapidez. O grupo é formado por tamboureiros e cantadeiras/sambadeiras e seus
cânticos são acompanhados por dois “tambouros” e mais um percussionista que
toca os cacetes. Tem a liderança do Mestre Benedito Moia e conta também com a
participação de Ângela Meireles, Maria de Jesus, Manoel Maria, Maria das
Graças, Marineu Cruz, Raimundo Moia e Nair dos Prazeres.
26/08 - Exibição
do Filme "O GRANDE TAMBOR"
Horário: 19h
O filme narra a trajetória do Tambor de Sopapo, que carrega
a história da diáspora africana no Rio Grande do Sul. Sua matriz vem pelas mãos
e mentes dos africanos escravizados para a região das charqueadas, ao extremo
sul do Brasil. É considerado sagrado, retumbando o som por séculos de um
purificar religioso para os rituais de matança - realidade presente nas
propriedades que produziam o charque entre os séculos XVIII e XIX. A partir da
década de 1940, inicia seu caminho no carnaval, quando surgiram as primeiras
escolas de samba no estado. O Grande Tambor conta uma parte da história sobre a
contribuição dos afrodescendentes na formação simbólica e cultural do povo do
Rio Grande do Sul. Sobreviveu pelas mãos de Mestre Baptista, Griô, que
preservou a memória e a arte da fabricação de um instrumento de som grave e
marcante e que hoje é patrimônio cultural brasileiro.
Produzido pelo Coletivo Catarse/IPHAN (2010)
Direção: Gustavo Turck e Sérgio Valentim
Trilha Sonora: Richard Serraria e Marcelo Cougo (composição) e
Lucas Kinoshita (arranjos)
ENTRADA FRANCA -
COM RETIRADA DE INGRESSOS DE SEGUNDA A SEXTA NO SAC (AV. ALBERTO BINS, 665) DAS
8H ÀS 19H45 OU UMA HORA
ANTES DE CADA APRESENTAÇÃO.
Mais informações
Sesc Centro.
Telefone: (51) 3284-2071.
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