Os delegados da I Conferência Estadual do Povo de Terreiro
aprovaram diretrizes, como o do Estatuto do Povo de Terreiro, coibindo a
intolerância religiosa, o racismo e a exclusão que atingem a população de
ascendência africana e a comunidade de terreiro. Também aprovaram a criação do
Conselho Estadual do Povo de Terreiro. O evento ocorreu de 27 a 30 de março, em
Porto Alegre, com a presença dos 12 delegados representando os municípios de
Canoas e das regiões dos Vales do Sinos e Caí.
O
secretário especial da Coordenadoria de Políticas da Diversidade, Rogério
Ambieda, o Tigre, que participou do encontro, avalia positivamente o processo
de discussão e apresentação de propostas, que se iniciou com as conferências
municipal e regional. "Discutir políticas públicas e, de forma
qualitativa, apontando diretrizes capazes de contribuírem com a redução de
mazelas segregatórias, que as comunidades tradicionais de terreiro são
acometidas desde o período colonial", disse.
Legado:
Como legado deste processo de discussão, o secretário Tigre
aponta o debate nas conferências, a criação de um programa de políticas
públicas que atenda a população de ascendência africana. Ele destaca a proposta
de criação do Conselho Estadual do Povo de Terreiro. "Será o primeiro
organismo para elaboração de ações direcionadas às comunidades tradicionais de
terreiro", salienta.
Veja algumas diretrizes aprovadas:
-Criação de delegacia especializadas no atendimento aos
crimes de preconceito, intolerância religiosa, racismo, ódio e demais crimes
oriundos do preconceito ao povo de terreiro, utilizando como paradigma o
Cartório de diversidades de Canoas;
-Criação do Estatuto do Povo de Terreiro;
-Garantia de recursos para a implantação de políticas que
garantam a formação educacional e participação popular do povo de terreiro, e
que haja equiparação com as entidades religiosas sociais e juridicamente
reconhecidas;
-Criação de comitês do povo de terreiro em âmbito municipal
para assegurar a efetivação das políticas públicas para a comunidade
terreiro;
-Requerer
a garantia de qualificação dos professores e das escolas para que possam
ensinar, sem preconceitos, as raízes do Povo de terreiro, de forma clara,
aberta, direta e pedagógica, reforçando-se esta qualificação por meio de
seminários, palestras, cursos, e
outro.
Fonte:Secom/PMC
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