Quatro policiais militares mulheres do Rio de Janeiro afirmaram
que receberam ordens de superiores para ocultarem as provas de tortura ao ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, além de
serem obrigadas a dar declarações pré-combinadas aos investigadores do caso.
De acordo com os depoimentos exclusivos obtidos, as
quatro soldados esconderam mais de três meses o que testemunharam na Unidade de
Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha no dia 14 de julho e só criaram coragem
para falar o que presenciaram depois da prisão de parte dos acusados de
envolvimento no caso.
No depoimento, as mulheres contaram
que ouviram gritos de dor e pedidos de socorro atrás da unidade e concluíram
que um homem estava sendo torturado. Uma delas foi até a parte da frente da
sala e tapou os ouvidos para não ouvir mais o que estava acontecendo. Ainda de
acordo com a policial, a tortura durou cerca de 40 minutos. Depois, tudo ficou
em silêncio.
No total, 25 PMs da UPP da
Rocinha foram denunciados pelo desaparecimento de Amarildo. 13 já foram presos,
sendo que três se entregaram na quarta-feira, dia 23. O corpo do ajudante de
pedreiro ainda está sumido.
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