A menina era uma prematura extrema, que estava internada há cerca de 40 dias, e recebeu alimentação pelo acesso venenoso, destinado à medicação, ao invés da sonda específica. A técnica de enfermagem, responsável pelo procedimento, já foi afastada temporariamente pela direção do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), que instaurou uma sindicância interna.
O gerente de internação do Hospital Fêmina, Sérgio Galbinski, explicou que a própria funcionária percebeu imediatamente o engano no procedimento e acionou seus superiores, sendo prestado o atendimento médico para a situação da criança. Ele afirmou que a sindicância não tem prazo de encerrar o trabalho investigativo e que será preciso apurar se o óbito tem relação com o erro da funcionária ou até com o quadro de saúde do bebê. “Lamentamos a morte da criança e estamos prestando apoio à família, inclusive com psicóloga e assistente social”, observou.
O Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren-RS) abriu um processo administrativo para também apurar a ocorrência. O presidente da entidade, Ricardo Rivero, avaliou que não pode ser responsabilizada apenas a funcionária. “Demitir não é a solução quando o problema é falta de pessoal”, afirmou, explicando que o corpo de enfermagem estaria sobrecarregado em suas atividades. Ele lembrou que o Coren-RS já havia notificado extra-judicialmente o problema no início deste mês à direção do Hospital Fêmina, sem que tivesse resposta. “Foi uma tragédia anunciada”, afirmou.
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