A presidente Dilma Rousseff destacou o esforço
de reaproximação que o Brasil tem empreendido em direção ao Paraguai, desde que
o presidente Horacio Cartes assumiu o cargo. Ao lado do colega paraguaio, que
está em visita oficial ao Brasil, Dilma lembrou hoje que, desde a sua posse, em
agosto deste ano, já foram realizadas três reuniões bilaterais, em encontros
que tiveram como cenário as tratativas para o retorno do país ao Mercosul, após
mais de um ano suspenso.
"A frequência dos encontros mostra o desejo
de aprofundar a parceria dos dois países", disse Dilma, em rápido
pronunciamento, destacando que as duas nações estão unidas nas áreas sociais,
econômicas e energéticas. Além disso, ela falou da satisfação em receber o
presidente paraguaio em sua primeira visita oficial ao Brasil.
"O momento é de retomar com intensidade do
diálogo bilateral", destacou Dilma, que reservou parte de seu discurso
para falar do setor energético, ao ressaltar que Brasil e Paraguai dividem a
maior usina hidrelétrica do mundo em produção: a Itaipu binacional. Na reunião
que manteve com Cartes, Dilma disse ter recebido informações de que a linha de
transmissão que ligará a hidrelétrica aos arredores de Assunção levará mais
energia aos arredores daquela cidade.
Segundo Dilma, Cartes informou que a obra deverá
estar concluída em novembro e que ela será importante para atrair investimentos
ao Paraguai e para a integração das cadeias produtivas dos dois países.
"Com isso, ganha o Paraguai e ganha o Brasil".
No encontro de hoje, os dois mandatários
voltaram a discutir, entre outros temas, o retorno do Paraguai ao Mercosul. O
país esteve suspenso do bloco entre o final de junho de 2012 e julho deste ano,
devido ao impeachment do ex-presidente Fernando Lugo, considerado pelos demais
membros como uma ruptura democrática. Além da integração regional, a reunião
entre Dilma e Cartes também tem outros temas, segundo o Ministério das Relações
Exteriores do Brasil, como desenvolvimento fronteiriço, comércio,
infraestrutura e combate à pobreza.
No ano passado, as relações comerciais entre
Brasil e Paraguai foram da ordem de US$ 3,6 bilhões e as importações de
produtos paraguaios cresceram 38%, na comparação com o ano anterior.
Fonte:Agência Brasil
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