A presidenta Dilma Rousseff chegou em Nova York
nesta manhã e levou mais de uma hora no
trânsito para chegar ao hotel onde ficará hospedada. Dilma estava bem disposta
e acompanhada da filha Paula, além da comitiva formada pelos ministros Aloizio
Mercadante (Educação), Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores), Fernando
Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Helena Chagas
(Secretaria de Comunicação Social), e do assessor de Assuntos Internacionais,
Marco Aurélio Garcia.
Dilma não quis conversar com a imprensa que a
aguardava na entrada do hotel e, ao ver os jornalistas, apenas brincou:
"Vocês chegaram cedo". A presidenta não tem agenda prevista para hoje
em Nova York. A ideia é ficar dedicada aos últimos preparativos do discurso que
fará amanhã, na abertura da 68ª Assembleia Geral da ONU.
Antes do discurso de abertura da sessão da ONU
na terça, tradicionalmente realizado pelo Brasil, a presidenta levará ao
secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, em um encontro reservado, às
8h30min, sua indignação em relação à espionagem da NSA e pedirá ação conjunta
dos países contra esse tipo de ação. Em seguida, Dilma irá se dirigir ao novo
plenário, que foi adaptado para receber os chefes de Estado nesta reunião, já
que o palco tradicional está em reforma. Ali, deverá cruzar com o presidente
americano, Barack Obama.
Não há uma agenda marcada para ambos, mas
espera-se que Dilma e Obama conversem, ainda que rapidamente, como decorrência
do telefonema da semana passada e o consequente cancelamento da visita de
Estado que ela faria a Washington, daqui a um mês.
Em seu discurso, além de abordar o tema da
espionagem, a presidenta aproveitará para tratar da questão da Síria. Ela quer
dar seu voto de confiança à solução diplomática proposta pela Rússia de auditar
o arsenal químico do regime do presidente Bashar al-Assad, por meio de
inspeções internacionais.
O Brasil deverá voltar a defender a necessidade
de reformulação das Nações Unidas, particularmente do Conselho de Segurança,
para abrigar as novas forças do mundo. Há anos o País reivindica um assento
permanente no órgão. A crise econômica, que ainda traz consequências aos
países, também deverá ser abordada pela presidenta.
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