Um tribunal russo ordenou ontem a
detenção, por dois meses, de mais oito membros
da tripulação do navio do Greenpeace usado em um protesto contra a prospecção
de petróleo no Ártico. Entre eles está a gaúcha Ana Paula
Maciel. Em
comunicado, o diretor executivo do Greenpeace, Kumi Naidoo, destacou que a
decisão é uma "tentativa de intimidar qualquer um que tente evitar uma
corrida do petróleo no Ártico".
O argentino Adolfo
Pérez Esquivel,
prêmio Nobel da Paz 1980, pediu neste final de semana ao presidente russo
Vladimir Putin a libertação dos ativistas. "Como o senhor assumiu
publicamente, os ambientalistas do Greenpeace não são piratas. A organização há
mais de 40 anos trabalha por nosso planeta sempre de maneira pacífica",
afirmou ele em uma carta. "Por isso é incompreensível a prisão preventiva
de cada um deles e a investigação que foi aberta", conclui.
Na última quinta-feira, um tribunal distrital da
cidade de Murmansk, no Norte da Rússia, já havia ordenado a detenção de 22
membros da tripulação por suspeita de pirataria. Investigadores russos acusaram
os ativistas de pirataria - crime passível de até 15 anos de prisão - depois
que dois deles tentaram escalar uma plataforma da Gazprom no Mar de Barents. O
grupo nega o crime e diz que autoridades russas embarcaram ilegalmente em seu
navio em águas internacionais.
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