Em um dia decisivo para o trâmite do caso Kiss na Justiça, a Associação de Famílias de Vítimas de Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) deu início nesta manhã a uma iniciativa para prestar apoio a quem ainda está abalado com o incêndio que causou 241 mortes em 27 de janeiro, além de obter mais voluntários. Em uma vigília, familiares de vítimas ficam em frente à Praça Saldanha Marinho, no Centro da cidade da Região Central do Rio Grande do Sul, à disposição de quem quiser trocar experiências.
A ação começou de maneira tímida, por volta das 8h30. Duas horas depois, o movimento em torno da banca aumentou, e muitas pessoas saíam do local levando material de divulgação da AVTSM.
“Estamos hoje com 60% dos familiares cadastrados, então ainda falta encontrarmos um número muito grande de pessoas. Também há muitos sobreviventes que não tivemos acesso. Queremos mostrar a eles que o atendimento ao qual eles têm direito não é um atendimento normal. Eles não precisam ficar em filas”, explicou o empresário Ogier Rosado, de 51 anos, que perdeu o filho Vinícius.
No início da tarde, o Ministério Público apresentará em entrevista coletiva os denunciados do caso. A associação de familiares planeja realizar outras 240 ações semelhantes. A cada dia, um familiar de uma das vítimas. O primeiro foi o presidente da entidade, o empresário Adherbal Alves Ferreira, pai da jovem Jennefer.
Adherbal contou com o apoio do também empresário Gilberto Antolini, de 53 anos. Assim como o amigo, Antolini perdeu a filha Shaiana, de 22 anos, e agora se engaja na causa por justiça. “Fazemos isto para aproximar as famílias e confortá-las, buscando mais amizade e união”, conta Antolini.
O empresário não esconde o orgulho que tem da filha que o deixou. Conta que ela era cantora, estudante de Publicidade e Propaganda no Centro Universitário Franciscano (Unifra) e de Artes Cênicas na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e produtora de cinema. “Tinha todo um futuro pela frente”, disse.
Fonte: G1/RS
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