Neste mês, mais precisamente no dia 19, celebram-se os 70 anos do Levante do Gueto de Varsóvia, um ato heróico e trágico, que teve como líder um jovem de 24 anos, Mordechai Anilewicz. Entre 1939 e 1942, os nazistas confinaram os judeus da Europa Oriental em guetos, e o mais conhecido foi o Gueto de Varsóvia, onde viviam amontoadas 445.000 pessoas num espaço exíguo, e onde a saída era punida com a morte. A despeito da indigência, da inanição, da insalubridade e da falta de dignidade imposta a esses judeus, eles mantinham auxílio mútuo, escolas e uma atividade cultural intensa. Quando o grupo da resistência, que era politizado, se deu conta de que muitos dos seus companheiros já haviam partido e não voltariam mais, e de que o seu destino estava selado, não oferecendo outra possibilidade senão os fornos crematórios, Mordechai Anilewicz e seus companheiros resolveram rebelar-se. Sabiam que o inimigo (Gestapo) era muito mais forte do que eles e que não tinham nenhuma esperança, ainda que remota, de uma vitória; mesmo assim, resolveram lutar para morrer como leões e não como cordeiros. O gueto de Varsóvia foi, pois, liquidado em 1943.
Por esta razão, e porque ninguém pode ignorar ou esquecer esta página negra da História mundial tão recente, o Departamento Cultural da Na’amat Pioneiras, entidade judaica feminina cultural e beneficente, com o apoio da Federação Israelita, programou um Painel sobre o tema “O dever da memória: 70 anos do levante do gueto de Varsóvia”. O evento acontece no dia 24 de abril, às 19h30, no auditório da Federação Israelita do Rio Grande do Sul (Rua Gen. João Telles, 329 – térreo). Os palestrantes convidados são o Professor de História Voltaire Schilling e o psicanalista Dr. Abrão Slavutzky. O Painel poderá ser assistido por todas as pessoas interessadas, e o ingresso são 2 kg de alimentos não perecíveis que serão encaminhados a uma entidade carente.
Fonte:Eliana Camejo Comunicação Empresarial
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