As mulheres que querem um cabelo liso muitas vezes nem sabem o que é aplicado nos fios para este resultado. As "escovas" têm diversos nomes - progressiva, marroquina, de chocolate - mas a grande maioria carrega a substância formol, extremamente prejudicial à saúde. Os danos a quem aplica e a quem recebe o produto nos fios são irritação, coceira, queimadura, inchaço, descamação e vermelhidão do couro cabeludo, além de queda do cabelo, ardência e lacrimejamento dos olhos.
Algumas pessoas ainda apresentam falta de ar, tosse, dor de cabeça, ardência e coceira no nariz, devido ao contato direto com a pele ou com vapor. Para evitar estes casos, a Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde poderá fazer a qualquer momento na cidade uma apreensão cautelar dos produtos para que sejam analisados no Laboratório Central do Estado (Lacen).
"Orientamos os profissionais para que não adquiram e não manipulem produtos que tenham formol na composição", afirma o médico dermatologista da Unidade, Paulo Zubaran. O estabelecimento que tiver os produtos pode receber uma notificação, ser interditado totalmente e multado.
Infração
Zubaran explica que a adição de formol ou qualquer outra substância a um produto pronto para uso é uma infração sanitária. "Os proprietários poderão responder criminalmente, ainda mais se o produto for adulterado, o que se trata de crime hediondo", ressalta. Zubaran afirma o cliente tem o direito e a obrigação de se informar sobre a composição da escova. "Uma dica para as mulheres é observar o cheiro. Todos os alisantes têm, mas os com formol são muito mais fortes e podem causar uma irritação instantânea". Em junho de 2009, a Anvisa publicou uma resolução (RDC 39/09) que proíbe a comercialização de formol em drogarias, farmácias, supermercados, empórios, lojas de conveniências e drugstores. A finalidade é restringir o acesso da população ao formol, coibindo o desvio de uso da substância como alisante capilar e protegendo a saúde de cabeleireiros e consumidores.
Riscos do formol:
Contato com a pele: tóxico. Causa irritação, vermelhidão, dor e queimaduras.
Contato com os olhos: leva à irritação, vermelhidão, dor, lacrimação e visão embaçada. Altas concentrações causam danos irreversíveis.
Inalação: pode causar câncer no aparelho respiratório e sintomas como dor de garganta, irritação do nariz, tosse, diminuição da freqüência respiratória. Também podem surgir graves ferimentos nas vias respiratórias, levando ao edema pulmonar e pneumonia.
Exposição crônica: a frequente ou prolongada exposição pode causar hipersensibilidade, levando às dermatites. O contato repetido ou prolongado leva a reações alérgicas e até o aumento do fígado.
Fonte:Secom/PMC
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