Em sua estréia em Canoas, a Operação Balada Segura surpreendeu muitos condutores, mas também mereceu elogios de quem passou pela barreira montada na esquina das ruas Dr. Barcelos e Lenine Nequette, no Centro. A avaliação positiva é do coordenador do Balada pelo DETRAN/RS, Adelto Rohr. "Alguns condutores ficaram espantados enquanto muitos perceberam que a partir de agora a cidade não é mais território livre para álcool e direção. A aceitação sugere uma mudança de comportamento, que é o objetivo da operação", falou. O resultado de 79 abordagens surpreendeu a equipe. "Foi acima da expectativa e estamos muito felizes com o resultado", completou Adelto.
INTEGRAÇÃO:
Para colocar em prática a Operação 33 servidores atuaram desde às 22 horas de quinta-feira, 9, até às 2 horas da madrugada de sexta-feira, 10. em Canoas, o Balada Segura conta com a participação das forças de segurança que compõem o Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M), na seguinte proporção:
6 GMs, duas vtrs
4 Servidores do DETRAN-RS, duas vtrs
13 Fiscais de Trânsito, 4 vtrs
10 Policiais Militares, 3 vtrs
Para o diretor de Trânsito da Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade, Paulo Astrana, a integração é o diferencial e que irá auxiliar no sucesso da Operação conforme as características da cidade.
RESULTADOS:
O resultado final foi de 79 abordagens, sendo que 13 condutores foram autuados.
Dentre os casos, pelo menos a metade era de pessoas com idade acima de 40 anos. "Geralmente as pessoas mais velhas acham que estão imunes à misturar álcool e direção. É uma questão cultural que precisa ser modificada", disse o coordenador Adelto Rohr.
Em pelo menos duas situações, jovens tiveram que buscar seus familiares após estes terem sido autuados. Em um caso, uma neta veio recolher o carro do avô e transportá-lo para casa após recusar o teste com etilômetro, mas receber a punição administrativa por ter admitido o consumo de álcool.
Noutra situação, um grupo de quatro jovens que retornava de um jogo na Capital ao ver a Blitz, retornou na avenida e parou na barreira. A alegação do condutor era a realização do teste com o bafômetro, pois tinha tomado cerveja sem álcool. O resultado deu negativo e o grupo seguiu viajem.
Também parado na blitz, o jovem André Yokoda, 27 anos, fez o teste após ter admitido ter ingerido um copo pequeno de cerveja. O resultado deu negativa para autuação, e o rapaz foi liberado. "A proposta é muito boa, acho que vale a pena", falou o morador da Capital, mas que ainda não tinha passado por uma blitz do Balada Segura.
Realizada há um ano em Porto Alegre, a Operação Balada Segura já reduziu em 33% a incidencia de acidentes noturnos e diminui em 27% as mortes no trânsito no período de ação, das 22 horas às 6 da manhã.
Fonte: Jesiel B. Saldanha Secom/PMC
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