Juramento do Jornalista

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O reencontro 33 anos depois


A virada de ano foi na estrada para dona de casa Erythea Diathey de Lima Moura Guerra, 85 anos, e seu filho, José Augusto de Moura Guerra Ferreira, 52 anos. A chegada de 2012 será importante, mas não mais do que a viagem que fazem juntos, de volta para casa.
Mãe e filho partiram na noite de sexta-feira, 30, de Porto Alegre, para São Luiz, Capital do Maranhão. O trajeto percorrido de ônibus foi intencional: matar a saudade gerada pelos 33 anos que passaram sem contato.
SOZINHA:
A história do reencontro que levou mais de três décadas começou a acontecer em fevereiro, quando sozinha em Canoas, Erythéa começou a receber assistência da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, através do Centro de Referência Especializado em Assistência (CREAS).
Morando em uma peça no bairro Niterói, a idosa não tinha o conhecimento do paradeiro de seus familiares. No acompanhamento sistemático, o fortalecimento da saúde contribuiu para a motivação para a busca.
Em Canoas, Erythea vivia sozinha há três anos. Pessoa culta, que fala idiomas como inglês e francês, perdeu o contato com a família ao trabalhar por muitos anos viajando pelo Brasil. No seu último emprego, acompanhou uma família em Brasília. Após, a família mudou-se para Canoas e trouxe a idosa consigo. Na cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre, o casal que a amparava separou-se e mudou de município. Erythea ficou.
CARTA:
No outro lado do país, o filho único, José procurava pela mãe. Nos anos de distância, Erythea ganhou seis netos e um bisneto, que ainda não conhece.
As distâncias começaram a desaparecer quando com a ajuda dos técnicos da Prefeitura, a idosa lembrou do possível endereço de um familiar. Uma carta foi enviada, e após algum tempo, chegou às mãos do filho.
Contatos foram feitos e finalmente o desencontro começava a ter seu final, com intermediações feitas com o apoio das equipes da assistência da prefeitura de Canoas.
No dia de Natal, o primeiro contato telefônico depois dos 33 anos uniu mãe e filho. Na quinta-feira, dia 29, José chega a Canoas. O reencontro, acompanhado por poucos, foi consolidado pela emoção.
Para o retorno a terra natal, a prefeitura providenciou as passagens. Juntos, mãe e filho retornam para o reinício da vida em família. A longa viagem de ônibus foi opção de Erythéa, num desejo de permanecer ao lado do seu filho único.
CREAS:
Centro de Referência Especializado em Assistência Social de Canoas (CREAS) possui especificidades que o habilita a ser um centro especializado em proteção social especial e que atua no acolhimento social. Psicólogos, assistentes sociais e educadores formam a equipe de profissionais e estagiários que atuam no espaço.
Fonte: Jesiel B. Saldanha Secom/PMC

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