Juramento do Jornalista

Juro exercer a função de jornalista assumindo o compromisso com a verdade e a informação. Atuarei dentro dos princípios universais de justiça e democracia, garantindo principalmente o direito do cidadão à informação. Buscarei o aprimoramento das relações humanas e sociais,através da crítica e análise da sociedade,visando um futuro mais digno e mais justo para todos os cidadãos brasileiros.

Tarso critica atuação da mídia em denúncias sobre corrupção

Representante de um partido reconhecido pela competência em divulgar denúncias com o uso da grande mídia, o governador Tarso Genro criticou a atuação do setor em relação ao combate à corrupção no país. “Criou-se um jornalismo de denúncia, que julga e condena. Usam a corrupção como argumento para dizer que as instituições não funcionam e tentar substituí-las”, afirmou Tarso, nesta quinta-feira, 20, em discurso na abertura de um congresso nacional contra a corrupção, organizado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul.

De acordo com o governador, as campanhas contra a corrupção podem estar gerando o “ovo da serpente”. Ele sugere que seja reforçado o poder das instituições para estabelecer um efetivo combate a este tipo de crime. Tarso começou falando sobre os recentes protestos contra o sistema financeiro que tomaram conta do mundo. Referindo-se aos manifestantes como “indignados”, o governador provocou a plateia reunida na sede do MP: “Alguns jovens uniformizados cantaram em recentes protestos que ‘povo unido protesta sem partido’. Para mim, isso é como dizer que povo com dor não precisa de promotor.” Ele salientou não estar pregando a restrição à liberdade de imprensa.
Tarso disse que os grandes grupos de mídia tentam instituir uma “justiça paralela” no Brasil. Os grandes meios de comunicação teriam se apropriado do problema da corrupção em benefício de interesses próprios. “Atualmente, os casos mais graves são investigados pela mídia e divulgados dentro das conveniências dos proprietários dos grandes veículos”, disse. “Fazem condenações políticas de largas consequências sobre a vida dos atingidos, e tomam para si até o direito de perdão, quando isso se mostra conveniente”, disparou. Esta justiça paralela, de acordo com Tarso, se dá fora do âmbito do Estado: “Regredimos até uma situação que leva o Ministério Público à impotência e o Judiciário à irrelevância. É um fascismo pós-moderno”. A grande mídia, de acordo com o governador, prioriza a corrupção no debate em detrimento de problemas como a tutela financeira, as deficiências do sistema político brasileiro e a despreocupação com políticas sociais.
O governador apontou ainda o suposto interesse de setores da mídia em pressionar o Legislativo para a aprovação de leis que propõem penas mais duras. “Sem verdadeiro conhecimento, assumem o posto de especialistas, acabam formando uma criminologia empírica do poder midiático”, disse. “Cada crime bárbaro ganha ampla projeção. O que reduzirá a criminalidade é a certeza de punição, não a aplicação de penas mais duras. Inúmeras pesquisas e estatísticas nos mostram isso”.
A fala de Tarso repercutiu imediatamente nas mídias sociais. No Twitter, o repórter investigativo do Grupo RBS Giovani Grizotti escreveu que Tarso é “o inimigo público nº 1” do jornalismo investigativo. Já a colunista Rosane de Oliveira questionou a motivação de correligionários do governador: “Enquanto eu fazia ginástica, os petistas se mobilizaram para apoiar as críticas de @tarsogenro ao jornalismo investigativo. Por que será?”
Fonte:Coletiva.net

Nenhum comentário:

Postar um comentário

BR 386 interditada devido enchente

BR 386 bloqueada, a passagem está sendo liberada somente para transporte de alimentos, água e barcos de resgate  A BR 386, divisa entre Nova...