O prefeito de Canoas Jairo Jorge entregou ontem ao governador Tarso Genro, o projeto da RS-010, a Rodovia do Progresso, com os ajustes que haviam sido solicitados. A novidade desta rodada de negociação, no Palácio Piratini, foram as alternativas apresentadas para a questão financeira. Na melhor das hipóteses levantadas, a contrapartida do governo do Estado poderá ser paga em até 20 anos, enquanto a concessão valerá por 35. No primeiro ano de obras, o Estado não disponibilizaria recursos. No segundo e terceiro anos, R$ 37 milhões anuais. A partir de então, por mais 17 anos, o Executivo estadual aplicaria R$ 75 milhões anuais.
Assim, o Estado pagaria R$ 1,5 bilhão na Parceria Público-Privada. Os pedágios teriam valores acessíveis proporcionalmente abaixo do praticado hoje em outras rodovias do Estado.
Na apresentação, o prefeito também recapitulou algumas características da obra: 96 quilômetros de extensão, dos quais 42 de estrada e o restante de acessos, (trevos em Cachoeirinha, Sapucaia e Novo Hamburgo; ligação com a Tabaí-Canoas; ligação com a RS-429, ciclovias, ligação com a vila Sharlau e o contorno em Sapiranga evitando que o fluxo de veículos desemboque na cidade). Os dois pedágios foram confirmados. Uma pesquisa apontou, no entanto, que 92% dos usuários passarão apenas por uma das praças.
Crescimento:
O prefeito de Canoas e presidente da Granpal defendeu a obra, afirmando que incentivará o crescimento econômico da região e aumentará em mais de 28% o valor arrecadado em ICMS, o que significa cerca de R$ 185 milhões a mais do imposto.
O secretario dos Transportes e Mobilidade de Canoas, Luiz Carlos Bertotto, lembrou também que a rodovia irá ajudar na expansão de toda região para o lado oposto, pois as cidades ficaram espremidas entre a BR-116 e a linha do trensurb.
Providências:
O governador Tarso Genro se mostrou entusiasmado com a proposta. Afirmou que não há mais dúvida sobre a necessidade da rodovia. Sugeriu a realização de três movimentos importantes para que no início de 2012 as licitações necessárias para a obra saiam do papel. A Assembleia Legislativa deve receber o novo projeto para apreciação, o governo, em conjunto com a Granpal terá que avaliar a questão das desapropriações e, até o final do ano, devem ocorrer audiências públicas para que a comunidade se manifeste.
O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, avaliou que a obra é fundamental e falta apenas definir as desapropriações para que a avaliação esteja completa.
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